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Eutanásia. Ordem dos Farmacêuticos quer mais debate sobre projetos de lei

A Ordem dos Farmacêuticos defende um maior debate sobre os projetos de lei relativos à morte medicamente assistida em apreciação hoje na Assembleia da República, um tema que diz precisar de maior discussão no seio da profissão farmacêutica.

Eutanásia. Ordem dos Farmacêuticos quer mais debate sobre projetos de lei
Notícias ao Minuto

13:12 - 20/02/20 por Lusa

País Eutanásia

Numa nota enviada às redações, a Ordem dos Farmacêuticos reconhece que "a temática da discussão sobre a cidadania em fim de vida tem sido debatida no seio da sociedade portuguesa ao longo dos últimos anos", mas sublinha que o teor dos projetos de lei precisa de maior discussão.

"É verdade que a temática da discussão sobre a cidadania em fim de vida tem sido debatida no seio da sociedade portuguesa ao longo dos últimos anos", escreve a Ordem, acrescentando: "Se boa parte dos portugueses tem, por isso, uma posição fundamentada sobre o assunto, o mesmo não se poderá dizer sobre o teor das iniciativas legislativas agora em discussão no parlamento. E é esta a matéria de facto".

Os deputados portugueses discutem hoje, pela segunda vez desde 2018, a despenalização da morte medicamente assistida, num parlamento que, em tese, viu reforçadas bancadas favoráveis ao "sim" nas legislativas de 2019.

Os dois maiores partidos, PS e PSD, deram liberdade na hora de votar os projetos do BE, partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN), PS, PEV e Iniciativa Liberal, que, como aconteceu em 2018, será feita nominalmente, um a um.

A Ordem recorda os 11 debates nacionais promovidos pelo Conselho de Ética para as Ciências da Vida, "de norte a sul do país, convocando a sociedade para esta discussão" e que, tendo por base a auscultação e a interpretação do caminho que trilhou, [o Conselho] deu o seu pareceu negativo às cinco iniciativas legislativas" hoje em debate no parlamento.

"A Ordem dos Farmacêuticos considera que a sociedade precisa conhecer melhor os termos dos projetos de lei em apreciação e as suas diferenças. Entendemos que este debate não foi feito e que a matéria legislativa em apreço que verte este tema tão complexo dos ângulos do final da vida não deve ser refém de pressas injustificáveis", refere a nota.

No comunicado, a ordem diz ainda que, "apesar das legítimas convicções individuais, também o debate no seio da profissão farmacêutica, enquanto profissionais de saúde muitas vezes envolvidos na prestação de cuidados paliativos, carece de maior profundidade, muito particularmente sobre as propostas de diplomas e sobre um eventual referendo aos portugueses sobre esta matéria".

Os cinco projetos em debate e votação no parlamento preveem que só podem pedir a morte medicamente assistida, através de um médico, pessoas maiores de 18 anos, sem problemas ou doenças mentais, em situação de sofrimento e com doença incurável.

Propõem também a despenalização de quem pratica a morte assistida, nas condições definidas na lei, garantindo-se a objeção de consciência para os médicos e enfermeiros.

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