Meteorologia

  • 29 MARçO 2024
Tempo
MIN 8º MÁX 15º

Tribunal. Suspeitos de roubo de batatas e álcool remetem-se ao silêncio

Os nove arguidos acusados pelo furto de batatas fritas e bebidas alcoólicas numa rulote instalada na freguesia do Lumiar, em Lisboa, remeteram-se hoje ao silêncio no início do julgamento, que decorre no Campus da Justiça.

Tribunal. Suspeitos de roubo de batatas e álcool remetem-se ao silêncio
Notícias ao Minuto

18:00 - 17/02/20 por Lusa

País Tribunal

Segundo a acusação do Ministério Público, a que a agência Lusa teve acesso, os factos ocorreram em 22 de setembro de 2018, quando os arguidos, oito homens e uma mulher, com idades entre 21 e 39 anos, se deslocaram a uma rulote "a fim de comemorarem o aniversário" de um dos elementos do grupo.

Pelas 05:15, o proprietário da rulote "trancou-a e abandonou o local", permanecendo os arguidos perto do local.

"Pelas 05:30, de acordo com o plano previamente traçado de se apropriarem de objetos que se encontrassem no interior da rulote, com recurso a um objeto não identificado, de modo não apurado, os arguidos lograram partir a fechadura da porta da rulote e aceder ao seu interior, onde recolheram diversos produtos que fizeram seus", sustenta a acusação do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa.

No interior do veículo de um dos arguidos, a PSP encontrou nove pacotes de batatas fritas (no valor de 13,50 euros), enquanto no automóvel de outro arguido foram encontradas duas garrafas de 'whisky' (75 euros), uma garrafa de groselha (10 euros), 25 cervejas (37,50 euros), três pacotes de batatas fritas (4,50 euros) e dez copos de plástico (1 euro).

Dois outros arguidos tinham na sua posse três pacotes de batatas fritas (4,50 euros), uma garrafa de licor (30 euros) e uma garrafa de 'whisky' (35 euros).

Na posse da arguida, os agentes policiais encontraram um pacote de batatas fritas (no valor de 1,50 euros), enquanto outro dos elementos do grupo tinha na sua posse uma cerveja (1,50 euros).

A primeira sessão deste julgamento decorreu esta tarde no Juízo Local Criminal de Lisboa, situado no Campus da Justiça, tendo os nove arguidos optado por não falar.

Durante cerca de três horas, foram ouvidos os proprietários da rulote e um dos agentes da PSP que participou na operação e elaborou os atos de apreensão.

Os proprietários contaram ao tribunal que os arguidos eram habituais clientes e que nunca tinham arranjado problemas.

Manuel Tiago Sá referiu que deu conta da falta de vários produtos da rulote, mas que não conseguiu definir com precisão as quantidades.

Nesta sessão testemunhou também o agente da PSP Nuno Miguel, que relatou o cenário que encontrou quando chegou junto à rulote, parqueada nas traseiras do mercado do Lumiar.

"Recebemos o alerta via rádio e quando chegámos vimos um grupo numeroso e pedimos reforços", contou.

No entanto, o agente ressalvou que o grupo, que se encontrava disperso e com alguns elementos dentro de viaturas, "não mostrou resistência à detenção".

"Foi uma abordagem pacífica", sublinhou.

A próxima sessão deste julgamento está agendada para o dia 16 de março, pelas 13:45.

Os nove arguidos estão acusados, em coautoria, de um crime de furto qualificado.

Um dos arguidos está detido no âmbito de um outro processo.

Recomendados para si

;
Campo obrigatório