Entre os projetos que farão parte da exposição está também o do vencedor do concurso, do arquiteto japonês Kengo Kuma, escolhido por unanimidade num concurso internacional.
Ao todo foram 12 os ateliers concorrentes, seis portugueses e seis estrangeiros.
Os concorrentes portugueses foram: Inês Lobo Arquitetos, Manuel Aires Mateus, Menos é Mais Arquitectos - Cristina Guedes e João Vieira Campos, Pedro Domingos Arquitetos, Barbas Lopes Arquitectos e SAMI Arquitectos - Inês Vieira da Silva e Miguel Vieira.
Além de Kengo Kuma, os concorrentes estrangeiros foram Carla Juaçaba, Chris & Gatenbein - Emanuel Christ e Christopher Gantenbein, John Pawson, Junya Ishigami Associates e Tatiana Bilbao SC.
Na terça-feira, durante a conferência "Um parque para a cidade", a presidente da Fundação Calouste Gulbenkian, Isabel Mota, adiantou que, com esta exposição, pretende-se "contribuir para o debate sobre a arquitetura e a sua importância na construção de espaços públicos e da própria cidadania" e "fazer jus à qualidade e ao empenho das equipas".
Na conferência, organizada por ocasião dos 50 anos da construção do edifício e jardim Gulbenkian, participou também o arquiteto Kengo Kuma que apresentou brevemente o seu projeto elaborado em colaboração com o paisagista Vladimir Djurovic, autor da proposta de exteriores para o museu MAAT e sede da EDP, em Lisboa.
O projeto de ampliação do jardim Gulbenkian inclui uma nova entrada sul, uma nova área de jardim e "a ampliação de área da Coleção Moderna e o seu atravessamento".
Sem revelar pormenores do projeto, na conferência Kengo Kuma falou da pala que irá ser construída na fachada sul do Centro de Arte Moderna, salientando que houve a preocupação de criar "uma ligação entre os jardins e o novo espaço de exposição" e utilizar "materiais locais".
O alargamento do jardim da fundação está inserido no projeto de requalificação urbana para criar um novo eixo verde em Lisboa na zona e intitulado pela autarquia de Parque Urbano da Praça de Espanha.
O arquiteto Kengo Kuma, de 65 anos, desenhou, entre outros, o complexo Cité de la Musique, em França, vários museus no Japão e o estádio olímpico de Tóquio, para os Jogos de 2020.
É ainda autor do projeto de arquitetura de reconversão do antigo Matadouro Municipal do Porto.
O Jardim da Fundação Calouste Gulbenkian foi construído na década de 1960, segundo projeto dos arquitetos paisagistas Gonçalo Ribeiro Telles e António Viana Barreto, tendo sido distinguido com o Prémio Valmor, em 1975, e classificada como Monumento Nacional, em 2010, constituindo-se assim a primeira obra contemporânea a deter este estatuto, no país.
Na altura, foi definido como "um dos jardins mais emblemáticos do movimento moderno em Portugal e uma referência para a arquitetura paisagista portuguesa".