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Associação pede ao ministro do Ambiente encerramento de aterro em Valongo

Representantes da associação Unidos pelo Fim do Aterro no Concelho de Valongo manifestaram-se hoje junto ao Fórum Cultural de Ermesinde, para pedir ao ministro do Ambiente o encerramento do aterro de Sobrado onde dizem estar a ser depositado amianto.

Associação pede ao ministro do Ambiente encerramento de aterro em Valongo
Notícias ao Minuto

16:35 - 29/11/19 por Lusa

País Valongo

"Queremos dizer ao senhor ministro [do Ambiente e Ação Climática, João Matos Fernandes] que deve encerrar o aterro, deve ponderar todas estas situações, porque está a causar transtornos a uma população que não incomodou ninguém e que agora está a ser incomodada", declarou à Lusa António Marques, representante da associação contra o aterro em Valongo, distrito do Porto.

António Marques, um dos manifestantes que se concentrou hoje de manhã junto ao Fórum Cultural de Ermesinde, acrescentou que foram dizer a Matos Fernandes que "não estavam contentes com o aterro".

"Aquilo parece quase um circo a ser fechado e nós não sabemos o que realmente entra lá dentro. Sabemos que é amianto que é depositado lá de qualquer forma", denunciou, classificando de "horrível" viver atualmente em Sobrado, desabafou António Marques, recordando que a estrutura tinha sido criada "para inertes", mas que agora estava a receber "resíduos industriais de qualquer parte do mundo".

O representante da associação pediu a Matos Fernandes para que analise "todo o processo daquele aterro", visto que "existem casas a 300 metros" e "existe uma escola a 300 metros", quando a lei portuguesa que está em vigor diz que os aterros não "podem ser construídos a uma distância de 500 metros".

Questionado pelos jornalistas sobre que medidas ia tomar sobre aquelas reivindicações contra o aterro de Sobrado, o ministro do Ambiente e da Ação Climática afirmou que ia contactar a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) para perceber o que "de melhor se pode fazer na gestão daquele aterro".

A 10 de junho deste ano mais de mil pessoas caminharam nove quilómetros em protesto contra um aterro em Valongo, onde são tratados vários tipos de lixo, "desde lamas a amianto", prejudicando "a saúde da população", descreveu à agência Lusa na altura o presidente da autarquia, José Manuel Ribeiro.

"Em 2007, foi vendida a ideia de que era muito bom ter no concelho um centro de recolha de resíduos da construção civil. Só que, em paralelo, foi licenciado o aterro da Recivalongo, vocacionada para mais de 400 tipos de lixo", disse o presidente.

Uns dias antes da caminhada contra o aterro, o PSD que tinha entregado na Assembleia da República um projeto de resolução, recomendando ao Governo medidas de resposta ao problema ambiental no aterro da Recivalongo, que "tem sido alvo de variadas contestações por parte da população, sobretudo pelo perigo que representa para a saúde pública e odores emanados".

Os sociais-democratas referiram-se a "vários episódios de incêndio no aterro" que, "muito provavelmente", danificaram "as telas de impermeabilização e consequente contaminação dos recursos hídricos e do solo devido ao lixiviado".

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