O coletivo de juízes do Tribunal de Almada, distrito de Setúbal, condenou, esta segunda-feira, Diana Fialho a 24 anos de prisão pelo homicídio da própria mãe. Já Iuri Mata foi condenado a 23 anos de reclusão pelo mesmo crime.
À saída do tribunal, Tânia Reis, advogada da jovem de 23 anos, disse aos jornalistas que, “como é óbvio”, vai “recorrer da decisão”, garantindo não ter “dúvidas” de que a decisão do coletivo de juízes já havia sido tomada anteriormente e não hoje.
Opinião semelhante tem Alexandra Coelho, a defensora de Iuri, que acusou o tribunal de “não cumprir a lei”, nomeadamente no que diz respeito ao artigo 371º do Código de Processo Penal que determina, no número 2, que “reaberta” a audiência para “produção de prova suplementar”, deve ouvir-se “sempre que possível o perito criminológico, o técnico de reinserção social e quaisquer pessoas que possam depor com relevo sobre a personalidade e as condições de vida do arguido”.
Alexandra Coelho justifica esta acusação com o facto de ter sido “requerida em prazo uma perícia médica de avaliação psicológica e psiquiátrica que foi recusada”, sendo que “a prova, quando é requerida em prazo e no devido tempo não tem fundamento para ser recusada”.
Por seu turno, Tânia Reis apontou o dedo à inclusão do relatório da Polícia Judiciária que prova que houve premeditação do crime e que obrigou, há duas semanas, ao adiamento da leitura do acórdão para hoje que foi feita após novas alegações finais.
Quanto ao estado de espírito dos condenados, Iuri Mata “estava a chorar” e será “necessário falar com ele para o acalmar”.
“Ele está a tomar medicamentos antipsicóticos, é uma situação difícil em termos humanos”, considerou Alexandra Coelho.
Já Diana Fialho, disse a advogada, manteve-se “calma” durante toda a audiência.