Fardas vêm do Paquistão com erros. "PSP devia cancelar já o contrato"

Presidente do Sindicato Unificado de Polícia mostra-se revoltado com a situação e aponta o dedo à Direção Nacional da Polícia de Segurança Pública.

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Patrícia Martins Carvalho
16/05/2019 16:43 ‧ 16/05/2019 por Patrícia Martins Carvalho

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Os agentes da PSP estão a braços com problemas relativamente às fardas, pois as que têm sido encomendadas têm chegado aos polícias com meses de atraso e com defeitos de fabrico.

“É uma vergonha”, diz ao Notícias ao Minuto Peixoto Rodrigues, presidente do Sindicato Unificado de Polícia (SUP/PSP) que defende que a Direção Nacional “deve tomar medidas a este respeito, até porque as fardas são feitas num país onde são violados os direitos humanos”.

A notícia é avançada esta quinta-feira pelo Correio da Manhã, que adianta que o fardamento da polícia é fabricado na cidade paquistanesa de Sialkot, no Paquistão, a troco de um salário mensal de 30 euros.

As fardas são adquiridas pelos próprios polícias numa plataforma online, sendo que recebem um subsídio de 50 euros mensais para esse propósito.

De acordo com a tabela de preços a que o Notícias ao Minuto teve acesso, um par de calças do ‘modelo operacional’ tem um custo de 25 euros, enquanto um polo custa 15 euros.

A denúncia partiu da Associação Sindical dos Profissionais de Polícia (ASPP/PSP) que, num comunicado, fez saber que, “na semana passada, enviou um ofício à DN da PSP a informar destas questões e a pedir urgência na sua resolução”, estando a aguardar resposta.

“Não se compreende que após tantos anos a ser preparada uma plataforma de aquisição de fardamento online e a preparar todo o processo para escolher as empresas fornecedoras, os polícias se estejam a confrontar com problemas desta natureza”, lê-se na nota.

Entre os problemas denunciados pelos agentes da autoridade estão erros na entrega das encomendas, polos do mesmo tamanho mas com medidas díspares, atrasos na entrega e até problemas com o material, pois a farda tende a desbotar rapidamente.

“Nesta polícia exige-se tanto e dá-se tão pouco”, lamenta Peixoto Rodrigues, que defende que a DN devia cancelar o contrato com a empresa do Minho a quem entregou a responsabilidade de fabricar as fardas.

O Notícias ao Minuto questionou a Direção Nacional da PSP a este respeito, estando a aguardar uma resposta. 

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