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Lisboa apoia vítimas do ciclone com recolha de donativos em quartéis

A Câmara Municipal de Lisboa lançou hoje uma campanha de solidariedade para com as vítimas do ciclone Idai em Moçambique, definindo 11 pontos de recolha de donativos em quartéis do concelho.

Lisboa apoia vítimas do ciclone com recolha de donativos em quartéis
Notícias ao Minuto

16:19 - 21/03/19 por Lusa

País Idai

De acordo com o vereador da Proteção Civil, Carlos Manuel Castro, a capital portuguesa terá 11 quartéis do Regimento de Sapadores de Lisboa abertos 24 horas por dia, onde poderão ser entregues bens alimentares e outros produtos.

Medicamentos para tratamento de infeções gastrointestinais e analgésicos, alimentos enlatados com período de validade prolongado, produtos para o tratamento de água, de higiene pessoal e de limpeza de instalações foram produtos indicados pelo município como donativos necessários.

A ação solidária vai estar patente nos quartéis D. Carlos I, Martim Moniz, Graça, Defensores de Chaves, Santo Amaro, Monsanto, Alvalade, Benfica, Marvila, Encarnação e Alta de Lisboa.

Na apresentação da iniciativa, no quartel do Regimento de Sapadores de Lisboa do Martim Moniz, Carlos Castro afirmou que o apoio do município está a ser feito "no imediato" e irá continuar a "médio e longo prazo", articulado com a embaixada de Moçambique.

O vereador alertou para a importância da ajuda humanitária, garantindo que "qualquer tipo de apoio é sempre bem-vindo".

"Não importa se é apenas uma lata ou se é um conjunto de latas. Todo o apoio necessário nós vamos receber", disse.

Na quarta-feira, a Câmara Municipal de Lisboa anunciou a doação de 150 mil euros a Moçambique, assim como o envio de equipas para apoio a necessidades básicas no terreno.

Hoje, no quartel do Regimento de Sapadores de Lisboa do Martim Moniz, o secretário-geral da UCCLA - União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa, Vítor Ramalho, informou que a instituição sensibilizou os cerca de 50 municípios associados a fazerem também uma recolha de donativos.

"Nós sensibilizámos todas as câmaras que são associadas da UCCLA com o mesmo objetivo, com articulação do Governo de Moçambique e do português. Há aqui uma articulação total", frisou o dirigente.

Também presente na apresentação, o embaixador de Moçambique em Portugal, Joaquim Bule, apelou à mobilização das pessoas "no sentido de darem aquilo que puderem" às vítimas da passagem do ciclone Idai, com prioridade aos produtos alimentares

O número de mortos confirmados na sequência do ciclone Idai subiu para 242 em Moçambique e 139 no Zimbabué, segundo dados oficiais hoje divulgados pela Organização das Nações Unidas (ONU).

Os números foram avançados pelo chefe da região da África Austral do Gabinete de Coordenação dos Assuntos Humanitários da ONU (OCHA, na sigla em inglês), Gema Connell, que declarou ter recebido uma atualização do Governo moçambicano.

As únicas estimativas conhecidas do Maláui continuam inalteradas, em 56 mortos e 177 feridos.

O número total de mortos na sequência do ciclone Idai sobe, assim, para 437, segundo balanços provisórios divulgados pelos respetivos governos desde segunda-feira.

De acordo com números divulgados hoje, em Genebra, pelo Programa Mundial Alimentar (PAM) das Nações Unidas, a passagem do ciclone Idai por Moçambique, Zimbabué e Maláui atingiu pelo menos 2,8 milhões de pessoas.

O Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, decretou o estado de emergência nacional na terça-feira e disse que 350 mil pessoas "estão em situação de risco".

Moçambique cumpre hoje o segundo de três dias de luto nacional.

A Cruz Vermelha Internacional indicou que pelo menos 400.000 pessoas estão desalojadas na Beira, considerando que se trata da "pior crise" do género em Moçambique.

O Idai, com fortes chuvas e ventos de até 170 quilómetros por hora, atingiu a Beira (centro de Moçambique) na noite de 14 de março, deixando os cerca de 500 mil residentes na quarta maior cidade do país sem energia e linhas de comunicação.

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