PJ faz buscas na SATA. Presidente do Turismo dos Açores já é arguido
A operação da Polícia Judiciária permitiu constituir cinco arguidos, entre eles o presidente da Associação de Turismo dos Açores e uma sua familiar.
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País Crime
A Associação de Turismo dos Açores está a ser alvo de uma investigação da Polícia Judiciária. Em causa estão os crimes de peculato, fraude na obtenção de subsídios, participação económica em negócio e falsificação de documentos.
A notícia é avançada esta quarta-feira pela revista Sábado que adianta também que a investigação levou os inspetores a realizarem buscas na SATA, a companhia aérea açoriana - uma informação que a PJ não confirma.
De acordo com a mesma fonte, citada pela publicação, a Judiciária esteve no terreno desde ontem acompanhada por elementos do Organismo Europeu Anti-Fraude.
Em comunicado, a PJ confirma a operação e as buscas: "Durante a operação, que se desenvolveu nos dias de ontem e hoje, foram realizadas, no concelho de Ponta Delgada, cerca de vinte buscas a empresas, residências e viaturas, que permitiram a apreensão de abundantes elementos com interesse probatório, entre os quais documentação contabilística, faturas, contratos, pagamentos, relatórios de execução de projetos, dados informáticos e correio eletrónico".
Apesar de não referir diretamente o nome da Associação Turística dos Açores, a PJ explica que os crimes terão sido praticados através de uma "Pessoa Coletiva de Utilidade Pública com responsabilidades na área da divulgação e promoção turística, que foi participada pela Região Autónoma dos Açores", não se referindo, em tempo alguma, à SATA - o Notícias ao Minuto continua a tentar entrar em contacto com os responsáveis da transportadora, mas até agora sempre sem sucesso.
A Judiciária conclui o comunicado informando que foram constituídas arguidas cinco pessoas, entre eles, como refere a Sábado, Francisco Coelho, o presidente da Associação do Turismo dos Açores e "uma responsável de departamento, sua familiar, os quais são suspeitos de, articuladamente e em conluio com outras pessoas, aproveitando-se das funções que exerciam, terem, entre outros factos, atuado ao longo de vários anos à margem das regras relativas à contratação pública, com vantagens pessoais e para terceiros".
Ainda de acordo com a revista Sábado, os indícios apontam para a existência de um ‘saco azul’ que terá servido para enriquecimento ilícito e até para financiamento partidário.
[notícia atualizada às 14h20]
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