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Ratos, baratas (e mais). São estas condições de trabalho na Conservatória

Trabalhadores da Conservatória dos Registos Centrais descrevem condições de higiene no trabalho "de terceiro mundo".

Notícias ao Minuto

20:22 - 15/02/19 por Melissa Lopes

País Registo

Trabalhadores dos Registos e do Notariado alertam para situação - que consideram ser de limite - que se vive na Conservatória dos Registos Centrais, em Lisboa.

Em causa estão as condições “deploráveis de segurança e higiene das instalações que colocam em risco a saúde de funcionários e de utentes”, queixam-se os trabalhadores, mediante um comunicado enviado às redações.

De acordo com as queixas destes trabalhadores, as condições de trabalho “limite” passam por ventilação a climatização deficientes, ausência de limpeza, falta de saídas de emergências e de rampas de acesso para pessoas com mobilidade reduzida, bem como arquivos espalhados por todo o lado que impedem a livre circulação dos funcionários, instalações elétricas descarnadas em risco de acidente, níveis de ruído constantes e elevadores sem segurança.

Mas o pior, referem, encontra-se na cave do edifício (ver vídeo acima) onde o cenário “é de terceiro mundo”: “Ar irrespirável, resultado das poeiras acumuladas em processos com mais de 40 anos, livros com mais de 100 anos, cobertos de pós e bolores (aglomerados constituídos por fungos, mofo, poeiras, ácaros, etc...), humidade, baratas, ratos e infiltrações de esgotos”, descrevem. 

"Apesar da situação ser há muito do conhecimento da tutela e face à indiferença dos responsáveis, a pedido dos trabalhadores, uma unidade de saúde pública deslocou-se ontem, quinta-feira, ao local, aguardando-se com expetativa o respectivo relatório", pode ler-se no comunicado, que dá ainda conta de um plenário de trabalhadores da Conservatória dos Registos Centrais. 

Os trabalhadores reiteram que o estado de degradação das condições de trabalho é resultado: do"inexplicável desinvestimento nas instalações, quando o IRN,IP (Instituto de Registos e Notariado) fatura 600 milhões de euros por ano"; "da total indiferença dos responsáveis (Conselho Diretivo do IRN, IP, Conselho Diretivo do IGFEJ, IP e Ministra da Justiça), que continuam comodamente instalados em bons gabinetes com todas as comodidades" e da "desresponsabilização de quem tem a obrigação de garantir as condições de segurança e higiene no trabalho". 

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