Casos de justiça em curso: "Temo que tudo fique em águas de bacalhau"
Joaquim Jorge diz “não estar muito crente” no desfecho dos grandes casos judiciais em curso e que envolvem políticos, “poderosos banqueiros, empresários e gestores, não esquecendo dirigentes dos maiores clubes de futebol portugueses”.
© Joaquim Jorge
País Joaquim Jorge
O fundador do Clube dos Pensadores (CdP) mostra-se “cético” em relação à justiça no nosso país. Começando por comentar a prisão de Armando Vara, o biólogo teme que muitos casos que têm que ter um desfecho não venham a tê-lo.
Joaquim Jorge não desvaloriza, na sua análise, o facto de terem existido “mudanças de pessoas na Procuradoria-Geral da República, no Conselho Superior de Magistratura, no Conselho Superior de Magistratura do Ministério Público, no Supremo Tribunal de Justiça e na PJ”.
O comentador “faz votos” que os processos em curso, e que têm em causa políticos, “cheguem ao fim com uma sentença”. De recordar que, relativamente à Operação Marquês, a fase de instrução arrancou esta segunda-feira e presume-se longa, dado o número de arguidos e testemunhas.
Além de políticos, também os casos que envolvem “poderosos banqueiros, empresários e gestores, não esquecendo dirigentes dos maiores clubes de futebol portugueses” devem conhecer um desfecho.
Todavia, Joaquim Jorge diz não estar “muito crente”. Aliás, diz-se mesmo “cético”, por pressentir que “há sinais" e "algumas nuvens negras que pairam e que não auguram nada de bom". "Tenho a sensação que algo de fora de vulgar se vai passar para tudo acabar sem consequências. Temo que tudo fique em águas de bacalhau, seja um malogro, fique em nada e não se realize”, antevê.
Na opinião do biólogo, se tudo o que foi feito até agora se perder, ficar sem efeito, “será uma enorme frustração para a maioria dos portugueses”. “A justiça estava a seguir um rumo e, de repente, seguiu outro”, atira, considerando que “é de desconfiar”.
“E os portugueses têm todo o direito de questionar e perguntar o porquê desta situação”, acrescenta, mostrando indignação ao constatar que “Portugal está transformado num país de ladrões”.
“Ultimamente é demais: Armando Vara, CGD, Novo Banco, e-Toupeira, hacker Rui Pinto, turismo do Norte, etc. (…) Portugal bem precisa de um Sherlock Homes do séc. XXI, com a habilidade para desvendar crimes aparentemente insolúveis e na resolução dos seus mistérios”, conclui.
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