A encenação é da cineasta, também sueca, Solveig Nordlund que, em declarações à Lusa, afirmou que a peça de cerca de duas horas, "se vê como um concerto".
Nordlund esteve a viver um mês na casa do cineasta sueco, falecido em 2007, o que lhe permitiu "ganhar intimidade para ter um respeito excessivo" por Bergman.
"Cenas da vida conjugal" que "tem muito de autobiográfico, tendo aliás, o próprio Bergman afirmado que copiou cenas da sua própria vida conjugal", começou por ser uma série televisiva e depois um filme que foi protagonizado por Liv Ullmann e Erland Josephson.
Para Nordlund, um dos desafios da encenação "foi traduzir para teatro uma linguagem que é de cinema e como construir as cenas que são claramente cinematográficas, mas com os de palco".
"A força do Bergman no cinema, que é a relação das pessoas com os problemas universais, também é o enfoque no teatro, designadamente nesta peça", acrescentou.