Ordem desmente acusação sobre criação de obstáculos a cirurgias
A Ordem dos Enfermeiros (OE) desmentiu hoje "frontalmente" as "lamentáveis declarações" de um dirigente da Ordem dos Médicos, que acusou os enfermeiros de terem piquetes de greve e de suspenderem cirurgias, colocando em causa a vida de utentes.
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País Greve
O Conselho Regional do Norte da Ordem dos Médicos denunciou na quinta-feira a existência de "piquetes de greve" de enfermeiros à entrada dos blocos operatórios para "atrasar, obstaculizar ou adiar" as cirurgias que não cumprem o critério de serviços mínimos.
A Ordem dos Enfermeiros diz que está a acompanhar a greve cirúrgica que está a ser realizada e garante que "têm sido cumpridos os serviços mínimos, designadamente as cirurgias oncológicas, não tendo sido desmarcada, por recusa dos enfermeiros, qualquer cirurgia que colocasse o doente em risco".
Em comunicado enviado à agência Lusa, a OE afirma que "foram, aliás, abertas novas salas de serviços mínimos para a realização de cirurgias oncológicas, que não estão a ser realizadas devido à ausência de médicos".
"Da mesma forma, a Ordem está em condições de afirmar que estão a ser adiadas várias cirurgias oftalmológicas, no Porto e em Coimbra, devido à ausência de médicos dessa especialidade, numa altura em que irá decorrer um Congresso de Oftalmologia", denuncia o documento.
Também hoje, a Associação Sindical Portuguesa de Enfermeiros (ASPE) considerou "falsas" as declarações do Conselho Regional do Norte da Ordem dos Médicos.
"As declarações são falsas. Os sindicatos chegaram a acordo com o conselho de administração e acordaram uma série de equipas de serviços mínimos muito acima daquilo que o tribunal arbitral decidiu", disse à agência Lusa a presidente da ASPE, Lúcia Leite.
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