Silva Ribeiro diz que Loureiro Santos foi "uma referência" da sua vida
O chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas (CEMGFA) recordou o general Loureiro dos Santos, que morreu hoje, com "uma referência" na sua vida, considerando ser um "dia triste para todos os militares e académicos".
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"Foi não só um militar brilhantíssimo, mas um intelectual de elevada craveira, a sua morte representa para todos nós, militares, uma grande perda, mas também para a academia em Portugal", disse à Lusa, o almirante António Silva Ribeiro.
O chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas lembrou que o general Loureiro dos Santos, depois de terminar a carreira no Exército, foi professor em várias universidades, entre as quais no Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (ISCSP), em Lisboa.
"Foi um professor de temas de estratégia, tendo tido uma carreira militar e académica brilhante. Hoje, sem dúvida, é um dia de grande tristeza para todos nós, militares e académicos, que vemos um dos mais brilhantes de todos nós partir", frisou.
O almirante lembrou que Loureiro dos Santos foi para si "uma referência", recordando que nos seus trabalhos, quer de mestrado, quer de doutoramento, a obra do general "esteve sempre presente" dado que tinham interesses académicos comuns nas áreas da teoria da estratégia e do planeamento estratégico.
"Interagimos muito os dois. E eu beneficiei imenso daquilo que foram os trabalhos precursores do general nessas áreas de investigação científica no ISCSP", afirmou, lembrando ainda que acabou por ministrar no Instituto, quando enveredou pela carreira académica, algumas cadeiras que haviam sido anteriormente ministradas pelo general.
O general José Loureiro dos Santos, antigo ministro da Defesa Nacional e ex-chefe do Estado-Maior do Exército, morreu hoje em Lisboa, aos 82 anos, vítima de doença, disse à agência Lusa fonte da família.
Nascido em Vilela do Douro, concelho de Sabrosa, no distrito de Vila Real, em 02 de setembro de 1936, José Alberto Loureiro dos Santos foi ministro da Defesa Nacional entre 1978 e 1980 nos IV e V Governos Constitucionais, chefiados por Carlos Mota Pinto e Maria de Lourdes Pintasilgo, ambos executivos de iniciativa presidencial de Ramalho Eanes.
Militar do ramo de artilharia, Loureiro dos Santos foi vice-Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, em 1977, e Chefe do Estado-Maior do Exército.
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