Patrícia Mamona pede para não ser comparada com Serena Williams
Atleta do Sporting diz que "situação foi facilmente resolvida" e pediu para não ser comparada com Serena Williams, uma vez que tem "uma época desportiva muito difícil pela frente".
© Reuters
País Racismo
Depois de ter criticado o Lux Fragil por ter impedido a entrada ao seu grupo de amigos, alegando que na origem desse impedimento de entrada na discoteca esteve um ato racista, a atleta Patrícia Mamona voltou a recorrer às redes sociais e pediu para não ser comparada com a tenista Serena Williams.
“Por favor não me chamem de Serena Williams, estou apenas a ser eu, e desculpem se ofendi alguém por ser eu”, escreveu a atleta do Sporting, depois de a situação que denunciou nesta amanhã ter gerado enormes críticas à discoteca Lux Fragil.
Na primeira publicação, Patrícia Mamona contou que, na madrugada desta sexta-feira, deslocou-se à famosa discoteca lisboeta e, à entrada, o seu grupo de amigos foi ‘barrado’. "Quando vês pessoal a entrar de chinelos e sem convite, mas (vou ser simpática) te tratam de maneira diferente porque tu e os teus 'black friends' bem vestidos não se enquadram no perfil da Lux. Triste, mas acontece...", começou por dizer a atleta.
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Mais tarde, Patrícia Mamona editou essa mesma publicação e rematou com um “triste mas acontece!”, complementado esta ideia num outro post.
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“Racismo ou não, não sei, espero que e tenha sido ilusão minha, discriminação provavelmente, mas já passou! Aos meus amigos que diziam que nunca mais iam lá voltar, opa deixem-lá... Eles lá têm as suas razões”, para depois, então, pedir para não ser comparada à tenista norte-americana que tem estado no centro da polémica com o árbitro português Carlos Ramos.
“Por favor não me chamem de Serena Williams, estou apenas a ser eu, e desculpem se ofendi alguém por ser eu. Tenho uma época desportiva muito difícil pela frente , e é isso em que tenho de me focar”, rematou. “Há outros sítios para ir e para a próxima isto já não acontece. Foi apenas um segurança que não deixou entrar... amanhã o outro deixa!”.
A atleta do Sporting disse ainda que a "situação foi facilmente resolvida da maneira que achamos correta". "Fomos embora e pronto", concretizou.
A denúncia de Patrícia Mamona trouxe de volta ao debate mediático a existência de critérios racistas na admissão de entrada em alguns discotecas, tendo sido recordado o caso do atleta olímpico Nelson Évora que, em 2014, também com recurso às redes sociais, denunciou um episódio de racismo quando foi impedido, juntamente com o seu grupo de amigos, de entrar na discoteca Urban Beach por este conter “demasiados pretos no grupo”.
Mais tarde, a discoteca Lux Frágil acabaria por pronunciar-se sobre a situação e, numa publicação no Facebook, sem referir o nome de Patrícia Mamona, considera injusta a acusação de discriminação, reiterando que "defendemos princípios opostos e entre esses princípios está certamente a liberdade".
[Notícia atualizada às 19h27]
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