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Patrícia Mamona pede para não ser comparada com Serena Williams

Atleta do Sporting diz que "situação foi facilmente resolvida" e pediu para não ser comparada com Serena Williams, uma vez que tem "uma época desportiva muito difícil pela frente".

Patrícia Mamona pede para não ser comparada com Serena Williams
Notícias ao Minuto

17:20 - 14/09/18 por Pedro Bastos Reis

País Racismo

Depois de ter criticado o Lux Fragil por ter impedido a entrada ao seu grupo de amigos, alegando que na origem desse impedimento de entrada na discoteca esteve um ato racista, a atleta Patrícia Mamona voltou a recorrer às redes sociais e pediu para não ser comparada com a tenista Serena Williams.

“Por favor não me chamem de Serena Williams, estou apenas a ser eu, e desculpem se ofendi alguém por ser eu”, escreveu a atleta do Sporting, depois de a situação que denunciou nesta amanhã ter gerado enormes críticas à discoteca Lux Fragil.

Na primeira publicação, Patrícia Mamona contou que, na madrugada desta sexta-feira, deslocou-se à famosa discoteca lisboeta e, à entrada, o seu grupo de amigos foi ‘barrado’. "Quando vês pessoal a entrar de chinelos e sem convite, mas (vou ser simpática) te tratam de maneira diferente porque tu e os teus 'black friends' bem vestidos não se enquadram no perfil da Lux. Triste, mas acontece...", começou por dizer a atleta.

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 Quando vês pessoal a entrar de chinelos e sem convite mas (ya vou ser simpática) te tratam de maneira diferente pk tu e os teus black friends bem vestidos e tal não se enquadram ao perfil da LUX (edited) triste mas acontece! Enfim....bye  NEXTTT #nãotavaaespera #extremelysad #disrespect #racialprofile #luxfragil #notgoodenergy #byefelicia

Uma publicação partilhada por PATRÍCIA MAMONA (@patriciamamona) a 13 de Set, 2018 às 6:08 PDT

Mais tarde, Patrícia Mamona editou essa mesma publicação e rematou com um “triste mas acontece!”, complementado esta ideia num outro post. 

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Part 2 Ter um “Feeling” (nem sei que tipo de feeling é esse) para mim não foi um bom argumento. Contudo fiquem descansados que situação foi facilmente resolvida da maneira que achamos correta, fomos embora e prontos. Como muitos dizem aqui, deal with it Patrícia , percebi a mensagem! Racismo ou não, não sei, espero que e tenha sido ilusão minha, discriminação provavelmente, mas já passou! Aos meus amigos que diziam que nunca mais iam lá voltar, opa deixem-lá... Eles lá tem as suas ter as suas razões... Por favor não me chamem de Serena Williams, estou apenas a ser eu, e desculpem se ofendi alguém por ser eu. Tenho uma época desportiva muito difícil pela frente , e é isso que tenho que me focar. Aprender a lidar com as situações que aparecem por mais difícil que sejam , o caminho é em frente, tudo isto é uma lição de vida. Vamos a dar a volta por cima e deixar bem claro aos meus amigos estrangeiros que nós Portugueses sabemos SIM tratar bem das pessoas, e não é só porque alguém que estava de mau humor não os deixou divertir uma noite numa discoteca que temos que voltar para casa tristes... há outros sítios para ir e para a próxima isto já não acontece. Foi apenas um segurança que não deixou entrar... amanhã o outro deixa!  #keepmovingfoward

Uma publicação partilhada por PATRÍCIA MAMONA (@patriciamamona) a 14 de Set, 2018 às 7:47 PDT

“Racismo ou não, não sei, espero que e tenha sido ilusão minha, discriminação provavelmente, mas já passou! Aos meus amigos que diziam que nunca mais iam lá voltar, opa deixem-lá... Eles lá têm as suas razões”, para depois, então, pedir para não ser comparada à tenista norte-americana que tem estado no centro da polémica com o árbitro português Carlos Ramos.

“Por favor não me chamem de Serena Williams, estou apenas a ser eu, e desculpem se ofendi alguém por ser eu. Tenho uma época desportiva muito difícil pela frente , e é isso em que tenho de me focar”, rematou. “Há outros sítios para ir e para a próxima isto já não acontece. Foi apenas um segurança que não deixou entrar... amanhã o outro deixa!”.

A atleta do Sporting disse ainda que a "situação foi facilmente resolvida da maneira que achamos correta". "Fomos embora e pronto", concretizou. 

A denúncia de Patrícia Mamona trouxe de volta ao debate mediático a existência de critérios racistas na admissão de entrada em alguns discotecas, tendo sido recordado o caso do atleta olímpico Nelson Évora que, em 2014, também com recurso às redes sociais, denunciou um episódio de racismo quando foi impedido, juntamente com o seu grupo de amigos, de entrar na discoteca Urban Beach por este conter “demasiados pretos no grupo”.

Mais tarde, a discoteca Lux Frágil acabaria por pronunciar-se sobre a situação e, numa publicação no Facebook, sem referir o nome de Patrícia Mamona, considera injusta a acusação de discriminação, reiterando que "defendemos princípios opostos e entre esses princípios está certamente a liberdade".

[Notícia atualizada às 19h27]

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