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Desertificação avança para o litoral

A socióloga Maria Filomena Mendes considera que a desertificação do interior do país deverá aproximar-se cada vez mais do litoral nos próximos anos, com uma maior concentração da população nas regiões do Porto, Lisboa ou Algarve.

Desertificação avança para o litoral
Notícias ao Minuto

09:19 - 12/09/12 por Lusa

País Demografia

"É quase como se o nosso interior avançasse para o litoral", disse a presidente da Associação Portuguesa de Demografia, que será uma das oradoras num encontro de dois dias que começa na sexta-feira, em Lisboa, intitulado ‘Presente no Futuro - Os portugueses em 2030’.

A situação é previsível dada a tendência registada na década entre 2001 e 2011, que registou já zonas de "despovoamento e envelhecimento" da população na faixa costeira, acrescentou a demógrafa, professora da Universidade de Évora.

A desertificação humana fica clara quando se olha para as estatísticas: nos concelhos fronteiriços de Alcoutim, Mértola ou Idanha-a-Nova há uma média de sete habitantes por cada quilómetro quadrado. Na Amadora, em Lisboa ou no Porto a taxa ultrapassa as 5 mil pessoas.

Outros indicadores da falta de população no interior podem ser encontrados na redução de explorações agrícolas para mais de metade em 30 anos, baixando de 785 mil em 1979 para 305 mil nem 2009, ou no número de incêndios florestais, que aumentou dez vezes também nas três décadas entre 1980 e 2010, disparando dos 2.349 para os 22.026 fogos anuais.

Ao aumento do número de idosos tem vindo a associar-se à descida no número de filhos por mulher, que se fica actualmente pela taxa de 1,3, a segunda mais baixa do mundo na tabela liderada pela Bósnia-Herzegovina, como 1,1, de acordo com dados revelados pelas Nações Unidas em Outubro do ano passado.

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