PEV vê "com grande preocupação" a entendimento entre Governo e PS
O Partido Ecologista Os Verdes (PEV) assiste "com grande preocupação" ao entendimento entre o Governo (PS) e o PSD sobre descentralização e fundos comunitários, considerando que antecipa "um retorno em força à subjugação aos interesses económicos e financeiros".
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Política Comunicado
"É com grande preocupação que Os Verdes assistem ao entendimento entre Partido Socialista e Partido Social Democrata no quadro de investimentos 2020 -- 2030", lê-se num comunicado hoje divulgado com as conclusões de uma reunião do Conselho Nacional do partido, que decorreu em Lisboa.
O PEV considera que este entendimento "visa um novo quadro legislativo de descentralização da administração central, mas na prática será mais uma vez adiar a fundamental regionalização do país assim como adiar a reposição das freguesias extintas pelo governo anterior".
O Governo (PS) e o PSD assinaram na quarta-feira um acordo para a descentralização de competências para as autarquias e programação de fundos comunitários entre 2020 e 2030.
Para Os Verdes, este entendimento "vem fazer ressurgir o bloco central e uma linha política que levou o país à situação de rutura dos anos de austeridade, antecipando um retorno em força à subjugação aos interesses económicos e financeiros, em detrimento do bem coletivo, e continuar da delapidação do estado e dos serviços públicos e à desestabilização económica e social do país".
Em relação à economia portuguesa, Os Verdes sublinham que "a atual solução política permitiu inverter o processo de definhamento e destruição da economia, com os fortes sinais de retoma e indicadores económicos positivos que o país exibe". No entanto, defendem, "esta retoma contrasta com a preocupante resistência que o executivo do PS tem demonstrado em ir mais longe no investimento público em setores fundamentais e estruturantes do país e com as graves carências, que subsistem dos anteriores governos".
No âmbito internacional, o partido condena "veementemente os bombardeamentos e ataques militares que os Estados Unidos da América, com o apoio da França e do Reino Unido, têm infligido à Síria, nomeadamente nas últimas semanas, à revelia do direito internacional e sem qualquer aval das Nações Unidas, provocando milhares de mortos, feridos e desalojados, destruindo um país estratégico na região".
Já no que diz respeito à situação no Brasil, Os Verdes "estão solidários com a defesa da democracia [naquele país] e condenam o processo de Golpe de Estado que afastou Dilma Rouseff da presidência e que recusa o recurso da sentença e o 'habeas corpus' a Lula da Silva materializando a sua prisão e afastando-o assim da corrida eleitoral".
O partido reiterou ainda "a urgência do reconhecimento do Estado da Palestina, condenando o massacre a que o povo Palestino tem sido sujeito".
No comunicado hoje divulgado, o PEV anuncia que, "no âmbito das campanhas tem desenvolvido em torno da Central Nuclear de Almaraz", irá entregar na segunda-feira na embaixada de Espanha, em Lisboa, "cerca de cinco mil postais assinados e dirigidos ao Governo de Espanha apelando ao encerramento desta central".
Além disso, o Conselho Nacional do partido "decidiu lançar uma forte campanha nacional no dia 05 de junho, em torno do problema das alterações climáticas e suas consequências".
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