Operação e-toupeira: Buscas terminam na Luz com Paulo Gonçalves na PJ
As buscas na SAD do Benfica relacionadas com Operação e-toupeira já terminaram, avança a SIC Notícias. Paulo Gonçalves, assessor jurídico do Benfica detido esta terça-feira, vai passar a noite numa cela na sede da Polícia Judiciária, em Lisboa.
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País Investigação
Durante esta terça-feira, dois homens foram detidos pela presumível prática dos crimes de corrupção ativa e passiva, acesso ilegítimo, violação de segredo de justiça, falsidade informática e favorecimento pessoal. Apesar de no comunicado da PJ não se referir o nome de Paulo Gonçalves, é possível fazer a associação da Operação e-toupeira à detenção do assessor jurídico do Benfica.
A operação, batizada de e-toupeira, foi levada a cabo pela Polícia Judiciária, através da Unidade Nacional de Combate à Corrupção.
Esta operação, cujos autos correm no DIAP de Lisboa, envolveu cerca de 50 elementos da Polícia Judiciária, um juiz de instrução criminal e dois magistrados do Ministério Público, responsáveis pela realização de 30 buscas nas áreas do Porto, Fafe, Guimarães, Santarém e Lisboa que levaram “à apreensão de relevantes elementos probatórios”, refere o comunicado enviado às redações.
A investigação teve início há quase meio ano, detalha a Polícia Judiciária, e os arguidos serão sujeitos a primeiro interrogatório judicial.
Também a Procuradoria-Geral de Lisboa confirmou durante a manhã, na sua página na internet, que decorre um inquérito relacionado com "a prática de acessos por funcionários a diversos inquéritos em segredo de justiça para obtenção de informação sobre diligências em curso, informações que eram depois transmitidas ao assessor da administração de uma sociedade anónima desportiva a troco de vantagens".
A PGDL não refere que a sociedade anónima desportiva é a SAD do Benfica.
Uma fonte ligada ao processo, saliente-se, disse hoje de manhã à agência Lusa que o assessor jurídico do Benfica Paulo Gonçalves tinha sido detido no âmbito do caso dos emails.
Paulo Gonçalves foi constituído arguido no caso dos emails em 19 de outubro, na sequência de buscas da Policia Judiciária ao clube.
Desde maio que o diretor de comunicação do FC Porto, Francisco J. Marques, tem acusado o Benfica de influenciar o setor da arbitragem e apresentou alegadas mensagens de correio eletrónico de responsáveis 'encarnados', nomeadamente de Paulo Gonçalves e Luís Filipe Vieira.
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