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Venezuela: Ex-presidente da petrolífera estatal acusado de corrupção

O Ministério Público venezuelano anunciou hoje que o ex-presidente da empresa estatal Petróleos da Venezuela SA e ex-embaixador na ONU, Rafael Ramírez, está a ser investigado por corrupção, por ligações a um banco de Andorra.

Venezuela: Ex-presidente da petrolífera estatal acusado de corrupção
Notícias ao Minuto

19:50 - 12/12/17 por Lusa

Mundo Ministério Público

"Decidimos iniciar uma investigação criminal contra o cidadão Rafael Ramírez, ex-ministro de Petróleo e ex-presidente da PDVSA, porque há um documento que o vincula diretamente como sócio, com Diego Salazar (primo do ministro) em operações de mediação de compra e venda de petróleo", disse o procurador-geral designado pela Assembleia Constituinte.

Segundo Tarek William Saab, este documento legal "leva o Ministério Público a iniciar uma investigação para ir desenvolvendo uma linha de ação judicial para determinar a responsabilidade" de Rafael Ramírez, que na semana passada foi afastado do posto de embaixador da Venezuela na ONU.

O PGR explicou que investigações já realizadas determinaram que quase 40 pessoas do setor petrolífero estão envolvidas no branqueamento de capitais através da Banca Privada de Andorra.

Segundo Tarek William Saab, cerca de 200 empresas estão a ser investigadas por corrupção no acesso a divisas a preços preferenciais para importações, crime pelo qual já foram detidos 21 empresários.

Segundo o PGR estão ainda em curso investigações contra quatro pessoas, pela alegada vinculação aos chamados "Panama Papers", entre os quais o ex-secretário e a ex-tesoureira do falecido Presidente Hugo Chávez (que dirigiu o país entre 1999 e 2013), Adrián Velásquez e Claudia Patricia Díaz, respetivamente.

Devido aos "Panama Papers" está também a ser investigado Eudomário Carruyo, que foi diretor de Palmaven, Deltaven, Pdvsa Marina e Citgo, filiais da estatal PDVSA.

Até agora, segundo explicou, foram detidos 67 gerentes e altos gerentes da PDVSA por corrupção na petrolífera estatal.

O procurador-geral anunciou ainda, durante uma conferência de imprensa em Caracas, que o dirigente do partido Primeiro Justiça, da posição, e governador eleito em outubro passado, no Estado de Zúlia, está a ser investigado pelo alegado envolvimento em apelos à violência no país.

Em causa estão as convocatórias para manifestações ocorridas entre abril e julho de 2017, contra o regime do Presidente Nicolás Maduro, durante as quais, segundo o Ministério Público venezuelano pelo menos 120 pessoas foram assassinadas, várias delas por oficiais das forças de segurança.

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