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Hezbollah classifica regresso de Saad Hariri como promissor

Os representantes do movimento xiita Hezbollah no parlamento libanês disseram hoje que as palavras proferidas pelo primeiro-ministro, Saad Hariri, após o seu regresso ao Líbano, são "promissoras" e enviam um sinal que o país "poderá voltar à normalidade".

Hezbollah classifica regresso de Saad Hariri como promissor
Notícias ao Minuto

14:17 - 23/11/17 por Lusa

Mundo Líbano

Este foi o primeiro comentário do movimento xiita libanês Hezbollah ao regresso de Hariri ao Líbano, após uma ausência de quase três semanas e de um anúncio inesperado, feito a partir da Arábia Saudita, de que iria renunciar ao cargo de primeiro-ministro.

Na quarta-feira, num discurso perante milhares de apoiantes em Beirute, Saad Hariri prometeu ficar no Líbano, após ter anunciado de que suspendia o pedido de demissão, após solicitação do Presidente Michel Aoun.

"Não há nada mais precioso que o nosso país", declarou Hariri perante os apoiantes que se concentraram frente à sua casa no centro de Beirute, respondendo a um apelo do seu partido, Movimento Futuro.

Na mesma altura, Hariri disse pretender "uma verdadeira parceria com todas as forças políticas, para colocar os interesses do Líbano acima de todos os outros".

Também apelou ao afastamento do Líbano dos conflitos no Médio Oriente, respeitando uma "política de distanciação", numa referência às intervenções do movimento xiita Hezbollah, membro do seu governo, nas guerras regionais, nomeadamente na Síria.

Citado pela agência noticiosa norte-americana Associated Press (AP), um deputado do Hezbollah, Hassan Fadallah, afirmou hoje que as declarações proferidas pelo primeiro-ministro podem ser um caminho para encontrar as soluções "apropriadas" para o país.

Quando anunciou a demissão do cargo de primeiro-ministro, inesperadamente e durante uma visita à Arábia Saudita no passado dia 04, Hariri disse temer pela vida e acusou o Irão e o seu aliado libanês, o Hezbollah, de quererem controlar o país.

A demissão foi interpretada como um novo "braço de ferro" entre os patrocinadores regionais dos dois campos rivais no Líbano: a Arábia Saudita sunita, que apoia Hariri, e o Irão xiita, aliado do Hezbollah.

A renúncia de Saad Hariri fez recear que o Líbano, país de frágeis equilíbrios entre as suas diversas comunidades, caísse de novo na violência. O país foi devastado por uma guerra civil entre 1975 e 1990 e por um conflito com o vizinho israelita em 2006.

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