O Supremo Tribunal espanhol decretou esta quinta-feira que Carme Forcadell, presidente do parlamento catalão, poderá sair em liberdade se pagar caução de 150 mil euros.
Carme Forcadell foi ouvida esta tarde em Madrid, juntamente com outros cinco deputados regionais. Estão acusados pelo ministério público espanhol de apoiarem a tentativa, ilegal à luz da lei espanhola, de declarar a independência da Catalunha.
Lluís Corominas, Lluóís Guinó, Anna Simó e Ramona Barrufet também podem ser libertados mediante pagamento de caução de 25 mil euros. O outro deputado ouvido esta quinta-feira, Joan Josep Nuet, foi libertado sem medidas cautelares.
Durante o interrogatório, Carme Forcadell acatou a decisão do governo espanhol, liderado por Mariano Rajoy, de aplicar o artigo 155.º da constituição espanhola, que limita a autonomia da região autónoma da Catalunha.
A presidente do parlamento catalão disse ainda que a declaração unilateral de independência foi "simbólica". O Tribunal Constitucional anulou, na quarta-feira, a declaração da independência.
Depois de aplicado o artigo 155.º, o governo catalão, liderado por Carles Puigdemont, que está neste momento em Bruxelas, de forma a 'fugir' das autoridades espanholas, foi destituído pelo governo espanhol.
As eleições autonómicas estão marcadas para o próximo dia 21 de dezembro.
