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Madrid responde a Puigdemont: "O diálogo não se exige, pratica-se"

Terminou o prazo dado por Mariano Rajoy para que Carles Puigdemont explicasse se declarou ou não a independência. “O governo espera que nas horas que faltam [até quinta-feira], às 10h00, Carles Puigdemont responda com clareza aos cidadãos e ao estado de direito”, sendo que, segundo a 'vice' de Rajoy, “está nas mãos de Puigdemont evitar que sejam dados os passos seguintes”.

Madrid responde a Puigdemont: "O diálogo não se exige, pratica-se"
Notícias ao Minuto

10:14 - 16/10/17 por Pedro Bastos Reis

Mundo Soraya Santamaría

A vice-presidente do governo espanhol, Soraya Sáenz de Santamaría, respondeu à carta enviada por Carles Puigdemont a Mariano Rajoy e lamentou a falta de resposta da Generalitat.

“O governo lamenta que o presidente da Generalitat tenha decidido não responder ao requerimento formulado na passada quarta-feira”.

Numa declaração à imprensa, Soraya Sánez de Santamaría fez um novo ultimato ao governo catalão, exigindo que até à próxima quinta-feira, dia 19 de outubro, seja totalmente clarificada. No dia seguinte, há conselho de ministros e uma resposta drástica, nomeadamente a aplicação do artigo 155.º, pode ser opção.

Nesse sentido, a ‘vice’ de Rajoy ameaçou com a aplicação deste artigo, realçando que este “não serve para suspender o governo autónomo, mas sim para restabelecer a legalidade e o exercício da autonomia de acordo com a constituição”. “Está nas suas mãos [de Carles Puigdemont] evitar que sejam dados os passos seguintes”, ameaçou.

Relativamente ao apelo de diálogo feito pelo presidente da Generalitat, a vice-presidente espanhola foi assertiva: “O diálogo não se exige, pratica-se”.

No início da manhã, foi divulgada a carta enviada pelo presidente da Generalitat ao primeiro-ministro espanhol. Puigdemont não esclareceu totalmente se declarou ou não a independência na passada terça-feira, 10 de outubro, e voltou a insistir na importância de diálogo. Nesse sentido, pediu um prazo de dois meses de conversações com Madrid.

Antes das declarações de Soraya Sáenz de Santamaría, o ministro da Justiça espanhol, Rafael Catalá, disse que que a carta de Puigdemont não responde à questão colocada por Madrid.

Por seu lado, a ministra da Agricultura, Pesca, Alimentação e Meio Ambiente, Isabel García Tejerina, disse que o “único diálogo válido é aquele que é feito através da legalidade”. “A única maneira de resolver os problemas é através do diálogo, mas o único diálogo válido é aquele que é feito através da legalidade”, afirmou a ministra.

Pouco depois, foi a vez de Alfonso Dastis, ministro espanhol dos Assuntos Exteriores, criticar o documento, referindo que a carta “não fornece a clareza solicitada”. “Prevaleceram as influências mais radicais”, rematou.

Hoje foram chamados a tribunal o presidente da Assembleia Nacional Catalã (ANC), Jordi Sánchez, o presidente da Òmnium Cultural, Jordi Cuixart, bem como o chefe dos Mossos d´Esquadra, a polícia regional catalã, Josep Lluís Trapero.

Mariano Rajoy, que se deslocou para a Galiza, que está a ser devastada por vários incêndios, considerou que os apelos ao diálogo feitos por Puigdemont não são credíveis, uma vez que os catalães "nunca em toda a sua história, usufruíram de mais liberdades, de mais autonomia política e financeira que durante esta etapa democrática". 

Por esse motivo, referendo-se à eventual suspensão da autonomia da Catalunha, o primeiro-ministro espanhol considera que Puigdemont será "o único responsável pela aplicação da Constituição"

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