"Juntamo-nos à família Boyle para comemorar o esperado regresso" de Joshua Boyle, da sua mulher, Caitlan Coleman, e dos seus três filhos, indicou o Ministério dos Negócios Estrangeiros em comunicado.
"O Canadá desempenhou um papel ativo a todos os níveis no âmbito do dossiê de Boyle, e continuará a apoiá-lo e aos seus familiares agora que regressaram ao país", afirmou a diplomacia canadiana, pedindo, neste momento, respeito pela "vida privada da família".
Joshua Boyle e Caitlan Coleman, casados desde 2011, foram raptados pela rede Haqqani (grupo armado aliado dos talibãs e responsável por vários ataques contra as forças estrangeiras e locais no Afeganistão) em outubro do ano seguinte quando faziam uma viagem que passou pela Rússia, Cazaquistão, Tadjiquistão, Quirguistão e que os levou ao território afegão.
A família foi resgatada pelas forças armadas paquistanesas quando estava a ser transportada pelos insurgentes para uma zona tribal no país (Kurram), perto da fronteira afegã, numa operação que foi possível por causa de informações fornecidas pelos serviços de inteligência norte-americanos.
Joshua Boyle recusou na quinta-feira embarcar num avião militar norte-americano, preferindo voltar para o Canadá.
Fontes da segurança paquistanesa confirmaram que a família tinha deixado a cidade de Islamabad a bordo de um avião, mas sem avançar indicações sobre o destino final.
Os ex-reféns embarcaram num voo comercial com destino a Londres antes de partirem rumo a Toronto.
Segundo os 'media' locais, a família Boyle desembarcou depois de todos os outros passageiros.
Numa breve declaração aos jornalistas, após a chegada ao Canadá, Joshua Boyle afirmou que a rede Haqqani no Afeganistão matou uma bebé do casal e violou a sua mulher durante os anos em que estiveram sequestrados.
Coleman estava grávida quando foram feitos reféns e teve quatro crianças em cativeiro. O nascimento de uma quarta criança só foi conhecido agora.