Separatistas da zona oriental da Ucrânia proclamaram na terça-feira um novo Estado, que pretende incluir não só as zonas que controlam, mas todo o país.
"Estou preocupado com a retórica provocadora que nos chegou de Donetsk", disse o também ministro dos Negócios Estrangeiros austríaco, em comunicado.
A presidência da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) reagiu assim ao anúncio da autoproclamada República Popular de Donetsk sobre a criação de um novo Estado (Malorrossya ou Pequena Rússia) "no território soberano da Ucrânia".
"Insto as partes a absterem-se de qualquer declaração ou ação de confrontação que ponha em perigo a aplicação dos acordos de Minsk e desafie a soberania e a integridade territorial da Ucrânia", disse Kurz no comunicado.
Ao proclamar a criação do suposto novo país com um período de transição de três anos, o chefe da dita república, Alexandr Zajárchenko, precisou que incluiria as regiões separatistas do leste da Ucrânia, em contradição com os Acordos de Minsk, que respeitam a integridade territorial da Ucrânia.
"Nós, representantes das regiões da antiga Ucrânia, exceto a Crimeia, proclamamos a criação do novo Estado, que será o sucessor da Ucrânia", anunciou Zajárchenko.
O termo Malorrossya lembra o Novorossya (Nova Rússia), utilizado pelo Kremlin nos primeiros meses da guerra no leste da Ucrânia para qualificar as regiões russófonas do leste e sul da Ucrânia.