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Governo quer empresas portuguesas a vender na plataforma Alibaba

O secretário de Estado da Internacionalização disse hoje, em Macau, que está a ser preparado um acordo, através da AICEP, para iniciar a venda de produtos de empresas portuguesas em duas plataformas de comércio eletrónico do grupo chinês Alibaba.

Governo quer empresas portuguesas a vender na plataforma Alibaba
Notícias ao Minuto

14:28 - 31/05/17 por Lusa

Mundo Internacionalização

Jorge Oliveira disse que o Governo está "através da AICEP [Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal], a finalizar um acordo com uma entidade portuguesa" e que "o embrião dessa empresa está a negociar com o grupo Alibaba para começar a colocação de produtos de empresas portuguesas nas duas principais plataformas online do grupo: o Taobao e o Tmall".

O Taobao.com é o maior mercado de compras online da China e o Tmall.com é a plataforma de e-commerce para a venda das marcas diretamente aos consumidores.

O secretário de Estado falava aos jornalistas após um discurso na "cimeira sobre a construção da plataforma de serviços para a cooperação comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa de Macau, apoiada pelas empresas estatais chinesas".

"Há cinco ou dez anos era impensável para uma pequena ou média empresa de Portugal tentar abrir uma loja ou uma rede de lojas [na China], porque os custos fixos eram enormes e era uma aposta de enormíssimo risco", afirmou.

Hoje, acrescentou, "com a possibilidade de utilizar as plataformas online, a existência de centros de distribuição e logística físicos em partes da China é, obviamente, um complemento extraordinariamente importante".

O secretário de Estado da Internacionalização não avançou detalhes sobre a entidade portuguesa envolvida ou datas para a concretização do acordo.

"No início não vamos ter muitas empresas, precisamos é de ter uma série de empresas âncora e, sobretudo, precisamos de ter empresas que tenham escala", disse, em referência à dimensão do mercado chinês.

Para Jorge Oliveira, é preciso "ter cuidado com essa questão da escala" e "montar a operação bem".

"Agora, há aqui uma oportunidade que nunca existiu, e devemos aproveitá-la bem. Estamos a trabalhar com algumas empresas âncoras, iniciais, que têm escala e potencial para iniciar a operação sem riscos de queda no abastecimento, e depois estamos convencidos que isto arrastará outras empresas, disse.

"Já tivemos várias reuniões com associações empresariais e vamos continuar a explicar as vantagens desta nova avenida de potencial de negócio", acrescentou.

Além da venda online, na área agroalimentar, Jorge Oliveira manifestou também o interesse do governo português "em centros que provavelmente ficarão colocados em zonas francas piloto com serviços integrados".

"Temos especialmente interesse na zona de Tianjin, ao lado de Pequim, e na zona de Guangzhou, [na província adjacente a Macau] porque sendo zonas com serviços integrados, em princípio, temos lá dentro as alfândegas (...) e outras autoridades regulatórias, e portanto, a lógica do 'one stop shop' facilitará a operação", disse.

O secretário de Estado da Internacionalização referiu também o interesse no objetivo anunciado no Fórum Macau no ano passado pelo governo chinês "em transformar Macau numa plataforma de serviços financeiros entre a China e os países de língua portuguesa".

"Temos especial interesse nos serviços financeiros que possam ajudar a aumentar ou melhorar o comércio externo entre a China e os países lusófonos", disse.

Para o governante, "Macau pode ajudar a reforçar seguros e garantias, seja para apoios a exportações, seja para apoios a internacionalização de empresas, seja para apoio a parcerias".

Mas ressalvou que importa "ter uma fasquia de expetativas baixa porque é uma área onde não há tradição na região e Portugal não é propriamente um grande centro financeiro, nem nenhum outro país de língua portuguesa tem grandes centros financeiros".

"É uma caminhada para fazer com calma", disse.

Durante a cimeira foram assinados vários protocolos entre empresas estatais chinesas e dos países de língua portuguesa e de Macau.

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