Corbyn acusa May de "fazer o jogo" de Trump
O líder do Partido Trabalhista britânico, Jeremy Corbyn, acusou hoje a primeira-ministra conservadora, Theresa May, de "fazer o jogo" da "administração errática" do presidente norte-americano Donald Trump, ao apresentar o seu programa político de defesa.
© Reuters
Mundo Trabalhistas
Theresa May foi a primeira dirigente estrangeira a visitar Trump após a tomada de posse e sublinhou a importância da "relação especial transatlântica" para a segurança global.
Para o líder da oposição britânica, que hoje explicou o seu posicionamento em matéria de política externa e defesa com vista às legislativas britânicas de 8 de junho, "ficar à espera de ver para que lado sopra o vento em Washington não é [exercer] uma liderança forte" e "fazer o jogo de uma administração errática não vai trazer estabilidade".
Discursando no centro de análise Chatam House, Jeremy Corbyn referiu-se a um mundo "mais perigoso", ameaçado pelos conflitos, as alterações climáticas e "grotescos níveis de desigualdade", a que Donald Trump foi juntar um agravamento da "tensão com a Coreia do Norte", o "bombardeamento unilateral da Síria" e a oposição ao acordo nuclear com o Irão.
Defendendo a importância do diálogo nas relações internacionais, Corbyn assegurou que isso não faz de si "um pacifista", imagem a que tem sido associado, mas frisou que só pode aceitar "intervenções internacionais e em último recurso".
Os governos britânicos dos últimos anos, tanto trabalhistas como conservadores, participaram nas intervenções militares dos Estados Unidos no Afeganistão, Iraque, Líbia e contra o grupo extremista Estado Islâmico na Síria e Iraque.
Corbyn afirmou que a sua orientação será diferente e considerou que a guerra contra o terrorismo liderada pelos EUA é "um fracasso".
"Não aumentou a nossa segurança interna. Na verdade, pode dizer-se, fez mesmo o contrário", disse.
Um governo trabalhista por si dirigido procuraria aumentar a cooperação internacional e "travar a deriva de confrontação com a Rússia", reduzindo tensões nas fronteiras NATO-Rússia.
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