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Número recorde de incêndios em camiões-cisterna em Moçambique

Os bombeiros de Manica, centro de Moçambique, intervieram em 38 incêndios com camiões-cisterna em 2016, um número recorde, disse hoje à Lusa fonte oficial.

Número recorde de incêndios em camiões-cisterna em Moçambique
Notícias ao Minuto

12:08 - 07/04/17 por Lusa

Mundo Manica

Os camiões transportavam combustível do porto da Beira para países do interior da África austral.

Dados do Serviço Nacional de Salvação Pública em Manica indicam que os incêndios nestes veículos representaram mais de metade do total de acidentes (51) aos quais os bombeiros prestaram socorro no último ano nas estradas N6 e N7, duas das principais vias do centro de Moçambique.

"Fomos chamados a debelar chamas de combustíveis de camiões-cisternas que vinham do porto da Beira", disse Pedro Matenguana, comandante provincial dos bombeiros em Manica, respondendo a uma pergunta da Lusa.

"Muitos ficavam acidentados, os tanques caiam e pegavam fogo", outros incêndios eram ateados "por faíscas e aquecimento" dos veículos pesados, que "acabavam em chamas", acrescentou.

O responsável falava durante a cerimónia de entrega aos bombeiros pelo governador de Manica, Alberto Mondlane, de duas viaturas de combate a incêndios com capacidade de seis mil litros.

Segundo o comandante, os serviços pretendem alargar o raio de intervenção nas principais rotas de transporte de combustíveis, para que haja uma resposta célere e com vista a minimizar os danos.

"Já temos uma viatura no Inchope", para atender à N6, "e das três que já temos em Chimoio, vamos mandar uma para Barue" para a N7, explicou.

O objetivo é dar cobertura "às duas estradas mais usadas no transporte de combustíveis" precisou Pedro Matenguana, referindo que esta área tem carecido de mais atenção, tendo em conta os elevados níveis de sinistralidade nas estradas moçambicanas.

Durante a cerimónia, o governador de Manica, Alberto Mondlane, apelou aos bombeiros para um uso racional dos meios e fez várias observações sobre o uso das viaturas de combate a incêndios para venda de água para a construção civil e abastecimento a particulares.

Contudo, Pedro Matenguana minimizou as criticas: referiu que continuaram a ajudar a população necessitada de água, mas com o foco dos meios virado para o combate e intervenção em incêndios.

Em novembro de 2016, pelo menos 108 pessoas morreram durante um roubo coletivo de combustível em Chaphirizange, em Moatize, na provincia de Tete, após a explosão de um camião-cisterna, reativando os debates públicos sobre os serviços dos bombeiros.

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