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"Se não vencermos esta guerra significa que a Síria será apagada do mapa"

O presidente sírio deu uma entrevista a um jornal croata, reiterando a sua convicção de que irá vencer toda a sua oposição.

"Se não vencermos esta guerra significa que a Síria será apagada do mapa"
Notícias ao Minuto

11:18 - 06/04/17 por Notícias Ao Minuto

Mundo Bashar al-Assad

Bashar al-Assad deu uma nova entrevista, desta vez ao jornal croata Večernji list, publicada esta quinta-feira.

O presidente sírio afirmou que não existe “nenhuma opção para além da vitória” do seu regime na Síria, apontando o dedo ao grupo rebeldes.

“Se não vencermos esta guerra, isso significa que a Síria será apagada do mapa”, afirmou Assad na entrevista, citado pela Reuters. “Sem confiança não existirá nenhuma esperança. Em qualquer caso, não temos nenhuma opção além da vitória”.

Assad acusou ainda toda a sua oposição de ter atacado as cidades de Damasco e de Hama, enquanto decorriam negociações em Astana, reforçando assim a sua convicção de que é impossível chegar a qualquer acordo com os grupos armados que combatem o seu regime.

O presidente sírio reiterou ainda que não faz quaisquer distinções entre os grupos que o combatem, apelidando de terroristas os rebeldes apoiados pela Turquia, pelos países do Golfo e dos Estados Unidos, bem como os grupos jihadistas do autodesignado Estado Islâmico e da Jabhat Fateh al-Sham, antigo ramo da Al-Qaeda na Síria.

Ao que tudo indica, a entrevista foi conduzida antes de o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter afirmado que o presidente sírio ultrapassou “todas as linhas”, depois do ataque com armas químicas da passada terça-feira, apontado ao regime sírio. Este assunto, contudo, ficou fora da conversa de Assad com o jornal croata.

Entretanto, a Turquia anunciou hoje que autópsias realizadas a vítimas do ataque comprovam a utilização destas armas. O último balanço aponta para 86 mortos.

As acusações sobre a autoria do ataque mantêm-se. O Ocidente e o Observatório Sírio dos Direitos Humanos, que tem uma rede de ativistas no país, acusam o regime de Damasco ou a Rússia de o terem perpetrado. Já Moscovo demarca-se das acusações e responsabiliza uma fuga de um depósito que fabricava armas químicas, controlado por grupos rebeldes, resultado de um bombardeamento do regime de Assad.

A guerra civil síria dura há seis anos. As forças de Assad têm reforçado a sua posição na área ocidental do país, muito devido à decisiva ajuda russa e das milícias apoiadas pelo Irão.

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