Taiwan adverte para crescente pressão internacional e económica da China

Um organismo oficial de Taiwan afirmou hoje que a China intensificou a sua pressão económica sobre a Ilha Formosa e o bloqueio internacional graças à sua força em organismos e à influência exercida sobre outros países.

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Lusa
20/03/2017 08:12 ‧ 20/03/2017 por Lusa

Mundo

Tsai Ing-wen

Num relatório sobre a situação regional após a tomada de posse do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o Conselho de Assuntos da China Continental (CACC), recordou que o comércio bilateral registou em 2016 uma queda de 0,7% e que o número de turistas chineses que visitaram a ilha caiu 16,2%.

Após a tomada de posse da Presidente Tsai Ing-wen, que não aceita que Taiwan seja parte da China, como exige Pequim, "as relações arrefeceram, mas são pacíficas" e o Governo chinês utilizou o seu poderio económico como arma política, afirmou o conselho.

Segundo o CACC, interromperam-se as relações oficiais relacionadas com acordos comerciais e económicos bilaterais, mas mantêm-se as comunicações e contactos rotineiros.

Neste ambiente de crescente tensão, em que a China intensificou a sua retórica contra a independência e a favor de que Taiwan abrace o princípio de 'uma só China', os investimentos taiwaneses em solo chinês caíram 11,8% em 2016, de acordo com o mesmo relatório.

"As trocas económicas são a base do desenvolvimento pacífico das relações no Estreito, pelo que a China continental deveria voltar à negociação pelo bem dos habitantes de ambas as partes", disse o CACC.

No plano internacional, segundo o mesmo conselho, Pequim intensificou o seu bloqueio internacional a Taiwan, o fomento da política 'uma só China', bem como a pressão sobre os aliados diplomáticos da ilha.

As relações entre Pequim e Taipé atravessam um período de renovadas tensões, desde a eleição da Presidente de Tsai Ing-wen, do Partido Democrata Progressista, em maio do ano passado.

Taiwan - a ilha onde se refugiou o antigo governo chinês depois de o Partido Comunista tomar o poder no continente, em 1949, e que continua a ostentar o nome de "República da China" (sem o adjetivo "Popular") - é vista por Pequim como uma província da China e não uma entidade política soberana.

Pequim defende a reunificação pacífica, mas ameaça usar a força caso a ilha declare independência.

 

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