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Congregação religiosa no Peru revela abusos sexuais por oito membros

O Superior-Geral da Congregação da Vida Cristã (SVC), Alessandro Moroni, apresentou hoje à Procuradoria-Geral do Peru um relatório interno elaborado por 36 investigadores, sobre abusos sexuais por oito ex-membros e atuais, entre 1974 e 2002.

Congregação religiosa no Peru revela abusos sexuais por oito membros
Notícias ao Minuto

22:19 - 17/02/17 por Lusa

Mundo Vida

"Nós vamos para a frente no caminho da verdade. Pedimos as vossas orações para este trabalho, especialmente para as vítimas e todos aqueles que sofrem", afirma Moronin, num comunicado divulgado à imprensa, após a apresentação do relatório ao Procurador-geral Claudio Cajina.

A congregação apostólica revelou esta semana que oito dos seus membros abusaram de pelo menos 36 jovens membros da congregação, 19 deles menores de idade, entre 1974 e 2002, segundo uma investigação interna, segundo noticia a Efe.

Os agressores identificados são, o fundador da congregação, Luis Fernando Figari, que reside em Roma, Germán Doig, já falecido, um funcionário da Organização Internacional do Trabalho (OIT) Virgilio Levaggi, e Jeffrey Daniels.

Três dos quatro agressores sexuais não identificados não firam ainda reconhecidos como pertencentes à congregação, enquanto os quatro nomes revelados são pessoas que já não "mantêm laços" com a organização.

Num comunicado difundido na passada segunda-feira Moroni adiantou que Figari, Doig, Levaggi e Daniels foram autores de abusos sexuais a 19 menores e 10 adultos.

De acordo com o relatório, Figari agrediu repetidamente um jovem de 15 anos, seis adultos entre 1975 e 1991, embora haja uma testemunha que relatou o abuso de outra criança, cujo testemunho não pode ser agregado.

As agressões sexuais levadas a cabo por Figari incluíram sodomia, carícias, acariciar os órgãos genitais, abraços nus e estarem deitados juntos na cama.

Figari também ordenou que beijassem o seu órgão sexual e filmou outros membros da congregação em roupa interior, ou colocando as suas nos seus órgãos genitais e repetidamente chamava de "bicha" aos seus companheiros para fazê-los duvidar da sua orientação sexual, entre outros abusos físicos e psicológicos.

Doig molestou, entre 1983 e 2000, cinco meninos e uma menina menores de idade, e três adultos, enquanto Levaggi agrediu sexualmente uma criança e dois adultos, entre 1977 e 1987.

O caso mais grave é o de Daniels, que cometeu abusou sexualmente de doze menores do sexo masculino entre 1985 e 1997.

Uma vítima adulta disse que ela foi abusada sexualmente por Doig e Figari, embora não ao mesmo tempo.

Além disso, os quatro criminosos sexuais cujas identidades não foram reveladas, terão agredido sexualmente sete adultos, entre 1996 e 2002.

Segundo o relatório, os acusados não fazem vida comunitária, um foi retirado ad vida de apostolato e outro exerce o apostolado de forma restringida.

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