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Casa Branca admite transferências para outros países de detidos

A Casa Branca admite novas transferências de detidos da prisão de Guantánamo para outros países, anunciou hoje o seu porta-voz ao ser interrogado sobre um 'tweet' de Donald Trump que advertia contra essa decisão.

Casa Branca admite transferências para outros países de detidos
Notícias ao Minuto

19:46 - 03/01/17 por Lusa

Mundo Guantánamo

"Aguardo por outras transferências", declarou Josh Earnest, sublinhando que os comentários do Presidente eleito não terão qualquer impacto na decisão de Barack Obama, no poder até 20 de janeiro.

Trump reforçou a sua oposição contra qualquer nova transferência de detidos de Guantánamo para outros países, advertindo hoje que os presos desta controversa prisão militar são "perigosos".

Esta tomada de posição de Trump surge depois do diário The New York Times ter noticiado que a administração de Barack Obama irá anunciar brevemente (antes de cessar funções) a transferência de cerca de 20 prisioneiros da prisão militar de Guantánamo.

"Não devem existir mais transferências de Gitmo [designação como é conhecido o centro militar de detenção americano]. São pessoas extremamente perigosas e não devem ter a oportunidade de voltar ao campo de batalha", escreveu Donald Trump na sua conta oficial na rede social Twitter.

Durante a campanha presidencial, Donald Trump (que tomará posse a 20 de janeiro) manifestou vontade de manter aberta a prisão militar e "ocupá-la com criminosos", mas nunca apresentou um projeto detalhado.

Em meados de dezembro, o jornal The New York Times escreveu que a Casa Branca tinha informado o Congresso norte-americano que pretendia transferir em breve 17 a 18 detidos para vários países (Itália, Omã, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos).

Atualmente, 59 presos permanecem na prisão militar norte-americana de Guantánamo, localizada no sul da ilha de Cuba e que foi criada após os atentados de 11 de setembro de 2001 para acolher suspeitos de terrorismo.

O encerramento de Guantánamo foi uma das promessas da campanha presidencial de Obama e da sua administração, desde que chegou ao poder em 2009, mas o processo de esvaziamento da prisão militar foi marcado por várias perturbações.

A oposição do Congresso norte-americano e a relutância dos países em acolherem suspeitos de terrorismo foram apontados como os principais obstáculos ao cumprimento da promessa de Obama.

Mesmo assim, Obama conseguiu reduzir significativamente o número de detidos. Quando chegou à Casa Branca, a prisão de Guantánamo tinha 242 prisioneiros.

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