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Bruxelas lança projeto de apoio educativo a crianças refugiadas sírias

Bruxelas apresentou hoje um projeto pioneiro de integração que consiste no apoio educativo às crianças refugiadas sírias que estiveram fora do sistema escolar e é parte da estratégia para a sua integração na Europa.

Bruxelas lança projeto de apoio educativo a crianças refugiadas sírias
Notícias ao Minuto

14:11 - 07/12/16 por Lusa

Mundo Integração

O projeto, intitulado 'La Petite École' (A Pequena Escola), foi apresentado através do Comité de Regiões (CdR) da União Europeia (UE).

O presidente do Comité das Regiões, Markku Markkula, participou na apresentação do projeto durante a sessão plenária do Comité, que decorre hoje e amanhã em Bruxelas, e assegurou que será debatida a reforma das medidas de imigração na União Europeia, incluindo "a reforma do sistema de asilo europeu e medidas de integração".

"Temos de dar passos concretos de boas práticas para que projetos como este se tornarem prioritários na Europa. Não podemos deixar nenhuma dessas crianças de fora do sistema e isso se consegue através da educação e criando uma cultura local para que as crianças sintam-se parte da comunidade", disse Markkula à imprensa.

O projeto foi lançado há dois anos pelos professores belgas, Marie Pierrand e Juliette Pirlet, que explicaram os principais desafios que enfrentam, como a introdução de crianças refugiadas nos "códigos escolares", depois de terem estado tanto tempo sem ir à escola.

"O nosso objetivo é oferecer uma primeira experiência escolar às crianças refugiadas para facilitar a transição para o sistema de educação formal, o ensino do francês, o trabalho em grupo e o aconselhamento às famílias para a transição para o sistema belga", disse Juliette Pirlet.

Para Pirlet, um dos objetivos principais é a "integração das crianças" na Europa, para que se sintam "felizes por estarem aqui", que desejem inserir-se nas estruturas oficiais do país e que sintam apego ao seu novo ambiente.

O projeto, pioneiro na Europa, começou no parque de Bruxelas, onde se concentravam várias dezenas de crianças refugiadas e, de forma improvisada, organizaram-se aulas de Francês e conhecimentos básicos.

Depois de atrair uma grande atenção dos meios de comunicação, "La Petite École" conseguiu pela primeira vez o financiamento público através da Federação de Bruxelas-Valónia, para que as aulas sejam ministradas em centros fechados e com uma perspetiva de longo prazo, apresentando-se como um modelo positivo de integração dos refugiados.

Segundo dados da Agência das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), as crianças refugiadas têm cinco vezes mais probabilidades de falhar em seus estudos do que a média global, sendo que apenas 50% delas têm acesso à educação primária, 22% destas atingem o ensino secundário e apenas 1% atinge a universidade.

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