Vaticano denuncia auto-ordenação de bispos na China

O Vaticano denunciou na segunda-feira a auto-ordenação de um bispo pela chamada igreja "clandestina" da China, sem aprovação do papa, numa altura em que a Santa Sé tenta uma reconciliação com Pequim.

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Lusa
08/11/2016 06:37 ‧ 08/11/2016 por Lusa

Mundo

Igreja

A China e o Vaticano não têm relações diplomáticas desde 1951.

Por outro lado, dezenas de milhões de chineses católicos estão ligados a igrejas constituídas fora do controlo da Associação Patriótica dos Católicos Chineses, um organismo estatal. Nos últimos anos, alguns bispos daquelas igrejas foram nomeados pelo Vaticano, mas não são reconhecidos por Pequim.

Segundo páginas na internet de informação religiosa, vários bispos ligados às igrejas clandestinas auto-ordenaram-se, sem aprovação do Vaticano, incluindo Paul Dong Guanhu, que se afirmou também intitulado para ordenar outros bispos.

Mais de 10 ordenações terão sido feitas nestes parâmetros.

"Nas últimas semanas, foram avançadas notícias sobre ordenações episcopais, conferidas sem mandato do papa, de padres da comunidade não oficial da igreja católica na China continental", afirmou o diretor do gabinete de imprensa do Vaticano, Greg Burke.

"A Santa Sé não autorizou nenhuma ordenação, nem foi oficialmente informada sobre esses acontecimentos", disse, acrescentando que "caso essas ordenações episcopais se confirmem, constituem uma grave violação das normas canónicas".

Desde que foi eleito, em 2013, o papa Francisco tem procurado uma reconciliação com a República Popular da China.

Citado pela agência France Presse, o padre belga Jeroom Heyndrickx, que é especialista na igreja católica na China, revelou que uma delegação chinesa é esperada este mês em Roma "para uma última ronda de negociações".

Os termos do acordo que está a ser negociado preveem que o papa reconheça quatro dos oito bispos da Associação Patriótica dos Católicos Chineses, que anteriormente recusou consagrar.

O papa argentino não deverá, no entanto, exigir que a China reconheça os cerca de 30 bispos que a Santa Sé nomeou na China e que não estão ligados ao organismo controlado pelo Governo chinês.

 

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