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Juízes detidos e dinheiro apreendido em operação anticorrupção

Diversos juízes foram detidos e centenas de milhares de dólares apreendidos em operações anticorrupção dirigidas a magistrados de tribunais superiores e conduzidas pela polícia secreta da Nigéria, hoje condenadas pela Ordem de advogados e organizações de direitos humanos.

Juízes detidos e dinheiro apreendido em operação anticorrupção
Notícias ao Minuto

20:45 - 09/10/16 por Lusa

Mundo Nigéria

No sábado foram detidos sete juízes enquanto o inquérito abrange 15 juízes suspeitos de terem aceitado subornos, referiu fonte próxima dos serviços de segurança citados pela agência noticiosa France-Presse (AFP).

A Ordem de advogados da Nigéria denunciou estes 'raides" "cujo estilo recorda a Gestapo".

"Devo sublinhar que não estamos sob regime militar", protestou o seu representante, Abubakar Mahmoud, em conferência de imprensa.

As autoridades federais indicaram através de um comunicado ter apreendido 800.000 dólares (715.000 euros) no decurso de rusgas às residências de advogados por todo o país, assentes em "alegações de corrupção e delitos profissionais" por parte de diversos juízes.

"As buscas permitiram descobrir uma fortuna em dinheiro vivo, em diversas divisas e em bens imobiliários avaliadas em vários milhões de nairas e documentos comprometedores para os juízes", indicou em comunicado o Departamento dos Serviços de Estado (DSS).

Uma fonte do DSS afirmou à AFP que "quatro a cinco juízes estão aqui connosco e redigem as declarações escritas".

O Presidente Muhammadu Buhari, eleito em 2015, desencadeou uma vasta campanha anticorrupção neste país produtor de petróleo e dirigido aos círculos próximos do anterior governo. Os críticos acusam-no de utilizar esta campanha para silenciar os opositores políticos.

Uma organização de defesa dos direitos humanos apelou ao Presidente Buhari para "libertar os juízes de imediato e sem condições".

"Estamos seriamente preocupados pela vaga de detenções, de intimidação e de perseguições aos juízes por todo o país feito pela DSS", declarou Adetokunbo Mumuni, que dirige uma organização em defesa dos direitos socioeconómicos e de obrigação de transparência.

"Se apoiamos os esforços do Governo para erradicar a corrupção judicial, não podemos aceitar estratégias anticorrupção e métodos que fragilizam claramente o Estado de direito, a autoridade, a integridade e a independência do poder judicial", acrescentou.

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