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Filipinas e EUA em exercícios militares após distanciamento de Duterte

As Filipinas e os Estados Unidos iniciaram hoje oito dias de exercícios militares no país asiático, depois da ameaça do Presidente filipino, Rodrigo Duterte, de pôr fim às manobras entre os aliados.

Filipinas e EUA em exercícios militares após distanciamento de Duterte
Notícias ao Minuto

07:22 - 04/10/16 por Lusa

Mundo Aliados

Cerca de dois mil soldados norte-americanos e filipinos vão realizar exercícios de aterragem de aeronaves anfíbias e artilharia nas regiões de Luzón, no norte do país, e Palawan, no oeste, a zona mais próxima do Mar do Sul da China, em disputa com Pequim.

Os exercícios realizam-se duas semanas depois de Duterte ter anunciado que estes seriam os últimos que os dois países realizam conjuntamente e de ter defendido uma política exterior filipina "mais independente".

O Governo filipino suavizou pouco depois estas declarações, assegurando que não foi fixada uma data para pôr fim às manobras, mas reiterou a intenção de reorientar a política externa.

Até agora, os dois países partilhavam a mesma estratégia face a Pequim na disputa no Mar do Sul da China, pelo que Washington tem apoiado Manila na modernização e formação das suas Forças Armadas.

Apesar de o dirigente filipino ter assegurado que respeitará os acordos militares que permitem aos Estados Unidos utilizar bases filipinas e aumentar a sua presença na região, ameaçou recentemente anulá-los.

"É melhor que pensem duas vezes porque pode ser que lhes peça que deixem as Filipinas definitivamente", disse Duterte no domingo, em referência ao acordo assinado entre o seu antecessor, Benigno Aquino, e o Presidente norte-americano, Barack Obama, em 2014.

Duterte não só se distanciou dos Estados Unidos como mostrou intenção de estreitar laços diplomáticos e comerciais tanto com a Rússia como com a China, tendo prevista uma viagem a Pequim no próximo dia 20 de outubro.

As relações bilaterais entre Washington e Manila deterioraram-se desde que Duterte tomou posse, em junho, e iniciou uma violenta campanha contra a droga que já causou mais de 3.500 mortos e foi que criticada por Washington, entre outros países.

Duterte rejeitou as críticas com uma denúncia de hipocrisia, lembrando os Estados Unidos dos massacres no início do século XX no sul das Filipinas, quando o país era uma colónia norte-americana.

O dirigente filipino também insultou o embaixador norte-americano em Manila, Philip Goldberg, e Obama, que em resposta cancelou uma reunião bilateral que ambos tinham agendada durante a cimeira da Associação das Nações do Sudeste Asiático, no Laos.

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