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'Revolução dos guarda-chuvas' entra no parlamento de Hong Kong

Um dos rostos da "revolução dos guarda-chuvas" de 2014 e outros jovens ativistas conquistaram um assento no Conselho Legislativo (LegCo, parlamento) de Hong Kong, após as eleições de domingo que contaram com uma participação recorde.

'Revolução dos guarda-chuvas' entra no parlamento de Hong Kong
Notícias ao Minuto

07:17 - 05/09/16 por Lusa

Mundo Ativista

Três candidatos pertencentes a novos movimentos 'localistas' e alguns com caráter independentista nascidos após os históricos protestos pró-democracia, há dois anos, tinham conseguido três lugares no hemiciclo, quando estavam contados 90% dos votos.

Nathan Law, líder estudantil do movimento 'Occupy' em 2014, conquistou um dos três assentos sob o chapéu do partido Demosisto, criado com Joshua Wong, um dos rostos mais conhecidos da histórica manifestação pela democracia que paralisou a antiga colónia britânica durante quase três meses.

"Os residentes de Hong Kong queriam realmente uma mudança", disse Nathan Law, de 23 anos, ao celebrar a vitória.

Com uma participação recorde de 58% -- a mais elevada desde 2004 -- aproximadamente 2,2 milhões de eleitores depositaram o seu voto nas eleições para o LegCo, consideradas as mais importantes desde que Hong Kong voltou à soberania chinesa em 1997.

Eddie Chu Hoi-Dick, um candidato radical pró-independência que centrou a sua campanha sob o pressuposto da equidade do uso das terras nas zonas rurais de Hong Kong, foi um dos candidatos mais votados, após conseguir mais de 84.000 votos nas urnas.

"O resultado mostra que a sociedade de Hong Kong acredita que é precisa uma mudança do modelo dentro do movimento democrático", assinalou o político, de 38 anos.

Apesar de a contagem ainda não ter terminado, os deputados conservadores e pró-Pequim vão manter, sem surpresa, a sua maioria simples no LegCo.

O LegCo é composto por 70 lugares, mas apenas 35 resultam de candidaturas apresentadas individualmente por cidadãos e do voto direto de 3,77 milhões de eleitores, em cinco círculos eleitorais definidos por áreas geográficas.

Outros 30 lugares são reservados a círculos eleitorais definidos com base em setores profissionais e corporativos -- que vão desde áreas como a agricultura e pescas, à saúde e direito -- que estão divididos em 28 categorias.

Os cinco lugares restantes -- conhecidos como 'super assentos' -- constituem um híbrido dos dois sistemas.

Os candidatos são previamente escolhidos nas eleições distritais, tendo depois de obter o apoio de pelo menos 15 conselheiros distritais, antes de finalmente serem submetidos ao voto de quase todos os eleitores, à exceção dos que votam nos círculos profissionais e corporativos.

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