May alerta para "tempos difíceis" para a economia do Reino Unido
A primeira-ministra britânica, Theresa May, advertiu hoje para a possibilidade de "dificuldades nos próximos tempos" para a economia britânica, enquanto tenta construir laços pós-Brexit na cimeira do G20, na China.
© Reuters
Mundo G20
Ao falar à estação de televisão BBC, May também pôs de parte uma nova eleição geral nos próximos tempos, dizendo que a Grã-Bretanha precisa de estabilidade a seguir ao referendo de junho, que votou pela saída da União Europeia.
Manifestou otimismo quanto à saúde da economia britânica, mas avisou que poderão seguir-se tempos difíceis.
"Não vou fingir que vai tudo ser fácil", disse. "Penso que devemos estar preparados para o facto de podermos ter de enfrentar algumas dificuldades no futuro. Mas sou otimista".
May, que tomou posse em julho, depois da demissão de David Cameron a seguir ao referendo, confirmou ainda as informações de Downing Street segundo as quais não pretende convocar eleições gerais em breve.
Isto surge a propósito de o Partido Conservador ter uma escassa maioria na Câmara dos Comuns, o que poderá dificultar a aprovação de leis controversas, e de Jeremy Corbin estar a dividir a oposição trabalhista nas sondagens.
"Não vou convocar uma eleição antecipada", disse.
"Fui muito clara, penso que precisamos deste período de tempo, desta estabilidade, para conseguirmos lidar com as questões que o país enfrenta e termos esta eleição em 2020", acrescentou.
May, está a encontrar-se com os líderes mundiais, incluindo o Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e da China, Xi Jinping, na cimeira do G20.
Disse à BBC que queria "começar a debater" com eles como seriam os acordos comerciais pós-Brexit.
Mas Obama falou duramente contra o Brexit durante a campanha do referendo, avisando os britânicos de que iriam para "o fim da fila" num acordo comercial com os EUA se votassem a favor da saída.
O chefe da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, também disse hoje que se opõe a negociações comerciais entre a Grã-Bretanha e outras nações enquanto fizer parte do bloco, depois de a Austrália dizer que estava prestes a lançar conversações sobre a matéria.
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