EUA acusam extremistas do ISIS de genocídio contra cristãos e xiitas
Os Estados Unidos voltaram hoje a denunciar os crimes de "genocídio" perpetrados pelo grupo extremista Estado Islâmico (EI) contra cristãos e xiitas, mas também contra os yazidis, minoria étnico-religiosa curda existente no Iraque e na Síria.
© Getty Images
Mundo Relatório
A denúncia consta num relatório anual do Departamento de Estado norte-americano sobre a liberdade religiosa no mundo, documento divulgado hoje.
"O Daesh [acrónimo árabe do grupo Estado Islâmico] continua com a sua brutal estratégia que o secretário de Estado John Kerry considerou ser [em 2015 e 2016] um genocídio contra os yazidis, cristãos, xiitas e contra outros grupos vulneráveis nos territórios que controlam", condenou a diplomacia norte-americana no documento que faz uma análise exaustiva do estado da liberdade religiosa em 2015 em cerca de 200 países.
O uso do termo "genocídio", que tem implicações jurídicas segundo o Direito americano, já tinha sido utilizado por John Kerry e por peritos das Nações Unidas para qualificar os crimes perpetrados pelos 'jihadistas' do grupo EI no Iraque e na Síria.
Nestes dois países, onde o grupo radical sunita ainda controla grandes áreas de território, os 'jihadistas' são "responsáveis por atos bárbaros, como assassínios, atos de tortura, tráfico de seres humanos, violações e outros crimes sexuais contra minorias religiosas e étnicas", frisou o Departamento de Estado.
"Os atores não estatais como o Daesh e o Boko Haram [grupo islamita presente na Nigéria] continuam a figurar entre os mais monstruosos autores de abusos contra a liberdade religiosa no mundo", concluiu a diplomacia norte-americana.
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