"O Islão é uma religião de paz. Parem de matar em nome da religião", disse Hasina, num discurso dirigido à nação, transmitido pela televisão, durante o qual anunciou dois dias de luto pelas vítimas, de várias nacionalidades.
"Por favor, parem de manchar a nossa religião. Imploro-vos que regressem ao caminho correto e defendam o orgulho do Islão", acrescentou.
A primeira-ministra, cujo Governo foi incapaz de parar uma crescente onda de ataques contra estrangeiros e minorias religiosas, pediu um esforço nacional para combater o extremismo.
Hasina instou os cidadãos a criarem "comités antiterrorismo" nos distritos e subdistritos de todo o país, de maioria muçulmana, mas oficialmente laico.
A dirigente, de 68 anos, disse que as pessoas por detrás dos ataques estão a tentar destruir o Bangladesh.
"Ao manterem civis inocentes como reféns, sob a mira das armas, querem transformar a nossa nação num Estado falhado", disse.
O ataque, reivindicado pelo grupo extremista Estado Islâmico, causou a morte de 20 cidadãos estrangeiros, depois de terem estado reféns durante a noite num restaurante do Bangladesh e terem sido agredidos até à morte, segundo um porta-voz do exército local.
A contraofensiva das autoridades, lançada naquele restaurante da capital, resultou ainda na morte de seis atacantes e no resgate de 13 reféns.