Numa comunicação hoje ao país, José Mário Vaz comentou a crise política no país, que opõe o Governo, liderado pelo Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), ao chefe de Estado.
Na terça-feira, o Conselho de Ministros da Guiné-Bissau responsabilizou o Presidente da República pelas "imprevisíveis consequências que poderão advir da sua desesperada tentativa de demitir, pela segunda vez consecutiva, mais um Governo constitucional do PAIGC".
O elenco ministerial responsabilizou ainda o Presidente "pela prevalência do clima de desentendimento na Assembleia Nacional Popular (ANP) devido ao seu claro posicionamento em defesa dos 15 deputados em regime de perda de mandato, tornando-se assim parte do problema e não da sua solução".
Os 15 deputados foram expulsos do PAIGC e viram-lhes decretada perda de mandato depois de alinharem com a oposição para criar uma nova maioria e derrubar o Governo.
Em agosto de 2015, José Mário Vaz demitiu o Governo do PAIGC liderado por Domingos Simões Pereira e deu posse a um outro executivo, à margem do partido maioritário, sendo obrigado a recuar após pronunciamento do Supremo Tribunal de Justiça.
Acabaria por ser o PAIGC a indicar um novo executivo, mantendo várias figuras e com Carlos Correia como primeiro-ministro.