As autoridades detiveram hoje quatro pessoas, entre as quais um major do Exército, um outro oficial militar, já reformado, e um empregado da empresa Desarrollos Eléctricos S.A. (DESA), à qual Berta Cáceres se tinha oposto vigorosamente.
Berta Cáceres, líder ambientalista e coordenadora do Comité Cívico de Organizações Populares e Indígenas das Honduras (COPINH), foi assassinada a tiro, em casa, na cidade de La Esperanza, no ocidente das Honduras, onde residia.
A Comissão Internacional dos Direitos do Homem reclamava desde 2009 medidas de proteção da líder indígena ameaçada.
Dirigente do COPINH, Cáceres tinha-se feito conhecer pela sua defesa do rio Gualcarque, no noroeste das Honduras, onde a empresa DESA previa construir uma barragem hidroelétrica que ameaçava privar de água centenas de habitantes da região em território indígena lenca.