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Comissário europeu defende lista negra paraísos fiscais unificada na UE

O comissário europeu para os Assuntos Económicos defendeu hoje que o escândalo dos Documentos do Panamá sublinha "a urgência" da elaboração pela União Europeia de "uma lista negra" de paraísos fiscais com critérios comuns aos 28 Estados membros.

Comissário europeu defende lista negra paraísos fiscais unificada na UE
Notícias ao Minuto

19:29 - 06/04/16 por Lusa

Mundo Moscovici

Esta lista "pan-europeia" das "jurisdições não cooperantes" em matéria fiscal não deverá ser uma "simples compilação" das listas nacionais existentes, precisou Pierre Moscovici à imprensa em Bruxelas.

O responsável frisou que a Comissão Europeia já deu um "primeiro passo" ao publicar em junho de 2015 uma lista de 30 paraísos fiscais elaborada com base nas listas negras dos Estados membros -- e em que se inclui o Panamá.

Mas essa lista, recordou, foi "fortemente criticada", considerada incompleta ou assente em dados insuficientemente atualizados.

Moscovici manifestou o desejo de que se redija uma nova lista europeia de paraísos fiscais "em seis meses", pedindo aos 28 "um compromisso inequívoco" na definição de critérios comuns.

É necessário "um processo de seleção rigoroso que abranja todos os países terceiros com critérios como a transparência ou as disposições contra a lavagem de dinheiro", insistiu.

Em último recurso, a UE poderá considerar aplicar sanções a países "não cooperantes", mas unicamente após uma fase de negociações bilaterais com a capital em causa, explicou uma fonte europeia.

"Inscrever um país numa lista é uma muito boa maneira de o incitar a querer sair dela", disse ainda Moscovici.

Quanto ao Panamá, agora símbolo planetário da opacidade fiscal, o comissário europeu recordou que só oito dos 28 Estados da UE -- e nenhuma das grandes economias da União -- classificaram o país latino-americano como paraíso fiscal numa lista nacional.

Dizendo-se preocupado com a atitude do Governo panamiano, o responsável comunitário "instou-o firmemente" a recuar na sua recente decisão de não aderir às normas da OCDE em termos de transparência das atividades económicas, depois de se ter declarado disposto a fazê-lo em 2015.

Sobre outro campo de batalha, o combate à evasão fiscal praticada por algumas multinacionais instaladas na Europa, Pierre Moscovici indicou que apresentará na próxima terça-feira propostas para tornar acessíveis ao grande público os principais dados das grandes empresas.

Trata-se, explicou, de "ir além daquilo que a OCDE preconiza e de não nos limitarmos ao intercâmbio automático de informações entre administrações fiscais dos diferentes países europeus", objeto de um acordo em março entre ministros das Finanças da UE.

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