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Obama critica plano de Trump para obrigar México a pagar construção de muro
O Presidente norte-americano, Barack Obama, classificou hoje como "imaturo" o plano de Donald Trump de obrigar o México a pagar a construção de um muro fronteiriço retendo o dinheiro enviado pelos seus nacionais para o país natal.
© Reuters
Mundo Estados Unidos
O multimilionário, que ocupa a dianteira na corrida à candidatura presidencial pelo Partido Republicano, prometeu construir um muro na fronteira entre os dois países, para impedir a entrada de imigrantes ilegais, e obrigar o México a pagar a conta, estimada em cerca de oito mil milhões de dólares. Esta ideia tem estado na base da sua polémica campanha para chegar à Casa Branca.
Num comunicado enviado por Trump ao diário The Washington Post, o pré-candidato republicano sustentava que obrigaria o México a ceder, ameaçando cortar as remessas de milhares de milhões de dólares enviados para o país pelos imigrantes mexicanos.
"Este é só mais um exemplo de uma coisa que não é bem ponderada e é logo anunciada para consumo político: a ideia de que vamos seguir o rasto de cada envio de dinheiro via Western Union para o México. Boa sorte com isso", disse Obama em conferência de imprensa, respondendo a uma pergunta.
As remessas dos imigrantes nos Estados Unidos são uma das maiores fontes de receitas do México, juntamente com o petróleo e o turismo.
Em 2014, mais de 24 mil milhões de dólares foram enviados para o México do estrangeiro, incluindo pagamentos de imigrantes não apenas nos Estados Unidos, mas noutros países como o Reino Unido e o Canadá, de acordo com o Banco Mundial.
O Presidente democrata cessante defendeu que cortar o envio de remessas, muitas das quais feitas por imigrantes legalizados que enviam dinheiro às suas famílias, seria "impraticável".
Essa medida foi mal concebida, observou, avisando que se a economia mexicana se desmoronar, em resultado, mais imigrantes se dirigirão para os Estados Unidos em busca de trabalho.
Segundo Obama, as pessoas esperam que o Presidente dos Estados Unidos e outros governantes eleitos lidem com problemas graves propondo políticas eficazes "que tenham sido ponderadas", analisadas, e que tenham em consideração consequências involuntárias.
"Não esperam que saiam da Casa Branca ideias imaturas. Não podemos dar-nos a esse luxo", alertou.
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