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Presidente da Turquia condena atentado em Diyarbakir

O Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, condenou hoje o atentado com uma viatura armadilhada em Diyarbakir, sudeste da Turquia e que provocou sete mortos, solicitando apoio, designadamente europeu, na campanha de Ancara contra os separatistas curdos.

Presidente da Turquia condena atentado em Diyarbakir
Notícias ao Minuto

20:01 - 31/03/16 por Lusa

Mundo Atentado

"Infelizmente, sete membros das forças de segurança perderam a vida e temos 14 feridos", declarou Erdogan num discurso à margem da cimeira sobre o nuclear em Washington. O balanço anterior referia-se a seis mortos.

"Não podemos tolerar isto. Espero que os países europeus, e outros países, possam ver a verdadeira face por detrás destes ataques", acrescentou.

Perante a audiência do Brookings Institution, um 'think thank' sediado na capital federal, o homem-forte de Ancara defendeu ainda que todo o mundo deve unir-se para combater a ameaça do terrorismo.

Erdogan comparou as forças curdas que o seu exército combate no sudeste do país aos 'jihadistas' do grupo extremista Estado Islâmico (EI), que se tornou no principal alvo do ocidente.

Na Síria, a coligação internacional liderada pelos Estados Unidos tem apoiado as ações militares das Unidades de Proteção do Povo (YPG), a milícia curda que Ancara considera uma emanação do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), contra o EI.

"As YPG são um 'gang' de terroristas. Outro grupo combate contra o Daesh [acrónimo em árabe do EI], e assim são 'bons terroristas'?", questionou.

"Isto é inaceitável para nós. Estas organizações são subsidiárias do PKK", disse.

Uma fonte dos serviços de segurança locais referiu que ao atentado em Diyarbakir, a maior cidade do sudeste da Turquia e uma região com maioria de população curda.

A violenta explosão ocorreu perto de uma estação rodoviária situada a vários quilómetros do centro da cidade, e à passagem de um veículo policial. As autoridades locais referiram-se a um veículo armadilhado telecomandado à distância e que explodiu.

O ataque ocorreu na véspera de uma rara visita do primeiro-ministro Ahmet Davutoglu, que tem previsto encontros com habitantes de Diyarbakir e pretende avaliar as consequências dos combates nesta região.

Ancara desencadeou no verão de 2015 uma campanha implacável contra os rebeldes curdos do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) em diversos bairros desta cidade e no sudeste da Anatólia, em geral, onde o PKK lançou uma "sublevação" nas áreas urbanas.

Mais de 40.000 pessoas foram mortas desde que o PKK pegou em armas, em 1984, exigindo um território para a maior minoria da Turquia.

Desde então, o grupo recuou nas suas exigências, centrando-se nos direitos culturais e num estatuto de autonomia.

A Turquia vive há vários meses em estado de alerta reforçado, devido a uma série inédita de ataques atribuídos aos 'jihadistas' ou ligados à retomada do conflito curdo.

Depois de mais de dois anos de cessar-fogo, o conflito curdo foi retomado no verão passado, estando em curso combates entre as forças de segurança turcas e os rebeldes do PKK em muitas cidades do sudeste da Anatólia onde foi instaurado o recolher obrigatório. Os combates fizeram já muitas vítimas dos dois lados e mataram dezenas de civis.

O Presidente islamita conservador turco, Recep Tayyip Erdogan, tem repetidamente manifestado a determinação de "destruir o PKK", cujas bases da retaguarda, situadas no norte do Iraque, são regularmente bombardeadas pela aviação turca.

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