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Oposição da Malásia pede demissão do primeiro-ministro por corrupção

A oposição na Malásia manifestou-se, na noite de segunda-feira, para exigir a demissão do primeiro-ministro, Najib Razak (na imagem), pelo seu alegado envolvimento num caso de corrupção e má gestão de um fundo de investimento estatal.

Oposição da Malásia pede demissão do primeiro-ministro por corrupção
Notícias ao Minuto

07:32 - 29/03/16 por Lusa

Mundo Najib Razak

O protesto foi organizado pelo grupo "Salvar Malásia", formado depois de uma investigação jornalística ter revelado, em julho, que Najib recebeu 681 milhões de dólares do fundo 1Malaysia Development Berhard (1MDB), ao qual preside.

O primeiro-ministro negou as acusações e, após uma investigação de uma comissão anticorrupção, o procurador-geral decidiu, em janeiro, ilibá-lo de qualquer responsabilidade pelo recebimento de dinheiro, que atribuiu a um donativo da família real da Arábia Saudita.

Várias centenas de pessoas participaram no protesto que também contou com a presença do ex-primeiro-ministro Mahathir Mohamad que, na semana passada, se envolveu numa querela com Najib pelo suposto abuso de poder e por interferir na investigação sobre o caso, segundo a televisão Chanel News Asia.

Uma nova informação revelada pelos meios de comunicação social elevou a mais de mil milhões de dólares o valor alegadamente desviado do fundo 1MDB para as contas bancárias de Najib, que criou este fundo quando chegou ao poder.

O volume da transferência e a rapidez com que deu entrada numa conta privada de Najib fez soar os alarmes internos do banco -- AmBank -- face à suspeita de um eventual caso de lavagem de dinheiro, segundo revelou uma reportagem da televisão australiana ABC, emitida na noite de segunda-feira.

Segundo a mesma fonte, parte do dinheiro foi destinado a financiar os parceiros políticos de Najib durante a campanha para as eleições de 2013, nas quais o primeiro-ministro foi reconduzido apesar de ter perdido votos para a oposição.

Najib, que também é ministro das Finanças, ocupa a presidência da junta de assessores do 1MDB que, entre 2009 e 2014, acumulou uma dívida de 42 mil milhões de ringit (9.939 milhões de euros).

O escândalo desencadeou distensões no seio do Executivo que culminaram, em julho, com uma remodelação do elenco governativo, do qual saiu o vice-primeiro-ministro Muhyiddin Yassin, que tinha criticado publicamente a gestão do caso de corrupção.

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