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Primeiro-ministro turco diz que proposta de Ancara não é para regatear

O primeiro-ministro turco, Ahmet Davutoglu, disse hoje, em Bruxelas, que a proposta de Ancara para travar o fluxo de refugiados não é para 'regatear', mas sim uma tentativa de chegar a acordo com a União Europeia (UE).

Primeiro-ministro turco diz que proposta de Ancara não é para regatear
Notícias ao Minuto

08:53 - 18/03/16 por Lusa

Mundo Ahmet Davutoglu

"Para nós, para a Turquia, a questão dos refugiados não é uma questão de regatear, mas sim de valores humanos e de valores europeus", disse Davutoglu, à chegada para a reunião do Conselho Europeu.

"A Turquia acolheu 2,7 milhões de refugiados sem qualquer assistência significativa seja de quem for", sublinhou, antes de uma reunião com os presidentes do Conselho Europeu, Donald Tusk, da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, e o primeiro-ministro holandês (país que assume a presidência semestral da UE), Mark Rutte.

O mesmo responsável garantiu que "a UE e a Turquia têm o mesmo objetivo: ajudar os refugiados sírios", assinalando estar seguro de que irão ser atingidos os seus "objetivos de ajudar os refugiados, assim como de aprofundar as nossas relações".

O líderes dos 28 vão hoje tentar chegar a acordo com a Turquia para a gestão da crise migratória e de refugiados, apresentando ao primeiro-ministro Ahmet Davutoglu a contraproposta às exigências de Ancara.

Na quinta-feira, no primeiro dia da cimeira que decorre em Bruxelas, os 28 acordaram um "conjunto de princípios" que o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, apresenta hoje a Davutoglu, antes de os chefes de Estado e de Governo da UE voltarem a reunir, às 13:00 locais (12:00 de Lisboa).

Se for alcançado um acordo com a Turquia, os 28 reunir-se-ão então com o chefe de Governo turco, que na cimeira celebrada a 07 de março em Bruxelas colocou em cima da mesa as exigências de Ancara para aceitar acolher migrantes que cheguem de forma irregular a solo europeu.

As reivindicações do Governo turco levantaram muitas reticências entre alguns Estados-membros e organizações internacionais, como as Nações Unidas, inclusivamente ao nível do respeito do direito internacional e direitos humanos, subsistindo também problemas em torno da oposição de Chipre à abertura de novos capítulos no processo de adesão da Turquia à UE, enquanto não for solucionado o diferendo sobre a ocupação da parte norte da ilha.

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