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Durão Barroso diz que o primeiro a celebrar 'Brexit' seria Putin

O antigo presidente da Comissão Europeia Durão Barroso considerou hoje que, se o Reino Unido sair da União Europeia, "em primeiro lugar festejaria Moscovo", "Putin seria o primeiro a comemorar" e defendeu a permanência britânica.

Durão Barroso diz que o primeiro a celebrar 'Brexit' seria Putin
Notícias ao Minuto

00:01 - 23/02/16 por Lusa

Mundo Antigo presidente

preciso perguntar quem festejaria, e em primeiro lugar festejaria Moscovo, o senhor Putin seria o primeiro a festejar", declarou Durão Barroso, num debate organizado hoje à noite pela RTP, subordinado ao tema 'Que mundo é este'.

A Rússia, disse, está "a apoiar tudo o que seja movimentos antieuropeus e eurocéticos", acrescentando que espera que o Reino Unido se mantenha na União Europeia.

"Espero que o povo inglês, que é pragmático e tem 'common sense', senso comum, no final pense que não há razões para mudar", acrescentou o antigo primeiro-ministro português.

Para Durão Barroso, a confirmar-se um 'Brexit', "a consequência imediata de saída seria a Escócia pedir um novo referendo e a Escócia sair do Reino Unido, isso seria muito mau, sabendo nós da situação de outros países europeus, incluindo o problema sério da Catalunha com Espanha, e iso é motivo de preocupação".

O antigo presidente da Comissão Europeia acrescentou que, "para a União Europeia, seria muito mau que saísse", pois "o Reino Unido é dos maiores países da Europa, é dos países mais importantes do mundo, é membro permanente do Conselho de Segurança, com uma visão global extraordinária, Londres é a maior praça financeira europeia e das maiores do mundo" e perder-se-ia muito com isso.

Na opinião de Barroso, não seria apenas a Europa a perder: "O Reino Unido também perderia, há uma razão para os Estados Unidos estarem a ser tão claros a dizer que é muito importante que fique na União Europeia".

O primeiro-ministro britânico, David Cameron, anunciou no sábado que o referendo sobre a permanência do Reino Unido na União Europeia (UE) será realizado a 23 de junho deste ano, uma quinta-feira.

Depois de apresentar à sua equipa governamental o acordo alcançado na sexta-feira à noite em Bruxelas com os parceiros comunitários, Cameron confirmou que a posição oficial do Governo britânico será defender a continuidade do país numa "Europa reformada" e argumentou que o Reino Unido ficará "mais seguro, mais forte e mais próspero no seio de uma União Europeia reformada".

"A escolha incide em que tipo de país que queremos ser", afirmou Cameron, alertando que os defensores de uma saída britânica da UE, conhecida como 'Brexit', estão a oferecer "um risco num momento de incerteza, um salto no escuro".

"Deixar a Europa iria ameaçar a nossa economia e a nossa segurança nacional", reforçou.

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