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Oposição cabo-verdiana deverá ganhar legislativas de março

O "Outlook" sobre Cabo Verde divulgado hoje pela Economist Intelligence Unit (EIU) indicou que se "espera" que o maior partido da oposição cabo-verdiana, Movimento para a Democracia (MpD), ganhe as eleições de 20 de março próximo.

Oposição cabo-verdiana deverá ganhar legislativas de março
Notícias ao Minuto

12:31 - 19/01/16 por Lusa

Mundo EIU

No relatório da instituição com sede em Londres, a EIU destaca a estabilidade política no país, mas ressalva que as tensões podem subir de tom num ano em que serão realizadas três votações - além das legislativas, decorrerão também as presidenciais e autárquicas, estas ainda sem data fixada.

A EIU refere que o MpD, desde 2001 na oposição ao Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV), deverá vencer, embora por pequena margem, quer as legislativas, quer as presidenciais, mas não faz qualquer referência às autárquicas - das 22 câmaras, a oposição conta com 14.

Em termos económicos, o "Outlook" da EIU para 2016/17 indica que o défice fiscal em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) vai subir para 6,2% no ano em curso, face às despesas relacionadas com eleições, baixando, em 2017, para 5,9% do PIB, à medida que o novo Governo consolide a política fiscal.

A inflação, prevê-se no relatório, vai subir para 1,1% este ano (-0,2% em 2014 e 0,2% em 2015), como resultado de um ligeiro aumento do consumo doméstico, subindo para 2,1% em 2017, à medida que o preço do petróleo volte a subir.

O défice orçamental, previsto para 6,3% do PIB para este ano, vai subir para 6,7% do PIB, uma vez que se espera uma diminuição da ajuda externa e um aumento das importações, lado a lado com uma subida do consumo doméstico.

Em relação ao próprio PIB, e após a descida de 1,7% prognosticada para 2015, voltará a crescer, segundo as projeções da EIU, 2,4% este ano, e 2,6% em 2017.

As taxas de juro continuarão em torno dos 10% - 10,9% em 2014, 10,2% em 2015, 10% em 2016 e 10,3% em 2017.

Após um pico em 2014, em que atingiram 253,3 milhões de dólares (232,4 milhões de euros), as projeções das exportações descem em 2015 para 212,6 milhões de dólares (195 ME) e em 2016 para 206,2 milhões de dólares (189,1 ME), voltando a subir em 2017 para 225,6 milhões de dólares (207 ME).

A tendência é quase igual nas importações, em que o pico atingiu-se em 2014, com 853,6 milhões de dólares (783,2 ME), descendo em 2015 para 767,3 milhões de dólares (704 ME), mas iniciando a subida em 2016, com 775,7 milhões de dólares (711,7 ME), e em 2017, para 831,2 milhões de dólares (762,6 ME).

Tal implica que a taxa de cobertura siga igualmente a mesma tendência, sempre dentro de valores negativos - 8,6% (2014), 5,65% (2015), 6,3% (2016) e 6,7% (2017).

Outros fatores relevados no relatório passam pela contínua quebra da confiança dos consumidores, que caiu um recorde de cinco quadrimestres seguidos (situa-se apenas nos 5%), e na falência técnica da única companhia aérea do país, Transportes Aéreos de Cabo Verde (TACV), que o Governo cabo-verdiano tenta reestruturar para privatizar há vários anos.

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