Terrorismo não pode confundir-se com migrações
A chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Federica Mogherini, disse hoje que a a questão do terrorismo não pode confundir-se com a das migrações, salientando que a resposta é política e cultural.
© Reuters
Mundo Mogherini
"A única maneira de combater o terrorismo é juntarmo-nos, essa é a nossa força, e não ter medo da diversidade", disse Mogherini, em conferência de imprensa no final de uma reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros da UE.
Ao mesmo tempo, alta representante para a Política Externa e Segurança da UE esclareceu que a França ainda não apresentou qualquer pedido especial de apoio aos seus parceiros europeus.
"A resposta ao terrorismo é política e cultural", assinalou, acrescentando que "o medo da diversidade é o que pode destruir as nossas sociedades".
Mogherini sublinhou também que "a questões das migrações não deve ser confundida com terrorismo", o que deve ficar "muito claro".
Todos os terroristas identificados até agora no âmbito dos atentados em Paris, salientou "são europeus", adiantando que esta realidade pode ser alterada.
A questão dos atentados terroristas continuará a ser debatida na terça-feira, na reunião do Conselho de ministros da Defesa da UE em que participará também o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg.
O grupo extremista Estado Islâmico reivindicou no sábado, em comunicado, os atentados de sexta-feira em Paris, que causaram pelo menos 129 mortos, entre os quais dois portugueses.
De acordo com o último balanço feito pelos hospitais, das 415 pessoas que foram atendidas nos hospitais após os ataques, pelos menos 42 feridos continuavam no domingo à tarde em vigilância intensiva em unidades de reanimação.
Os ataques, perpetrados por pelo menos sete terroristas, que morreram, ocorreram em vários locais da cidade, entre eles uma sala de espetáculos e o Stade de France, onde decorria um jogo de futebol entre as seleções de França e da Alemanha.
A França decretou o estado de emergência e restabeleceu o controlo de fronteiras na sequência daquilo que o Presidente François Hollande classificou como "ataques terroristas sem precedentes no país".
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