Primeira recolocação é o que "conta e não o número"
O comissário europeu para as Migrações, Dimitris Avramopoulos, afirmou hoje ser mais o "ato que conta" do que o número de refugiados que inaugura hoje a recolocação de pessoas pelo espaço comunitário.
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Mundo Migrações
"Não é um número que conta, não é o facto de serem apenas 19 pessoas que embarcam, mas é o ato que conta", afirmou o responsável, em Roma, numa intervenção para assinalar a transferência de refugiados eritreus de Itália para a Suécia.
Avramopoulos lembrou a dificuldade em convencer outros Estados-membros a fazer parte da solução para a crise dos refugiados, numa base de "nobres valores e princípios", na qual a União Europeia foi construída.
"Num espírito de solidariedade e responsabilidade, hoje acrescentamos a eficiência", argumentou o comissário, garantindo que com a primeira recolocação de refugiados se assiste a um exemplo de "trabalho conjunto em espírito de solidariedade".
O grego sublinhou a data de hoje como o início da implementação do programa europeu e apelou a que "se dê esperanças às pessoas", assim como "se imponham regras, se combata o tráfico e se inicie um projeto de repatriamento de quem está irregular na Europa".
O responsável assumiu a "forte emoção" sentida esta manhã quando há cinco meses estava em Malta num funeral de "refugiados desesperados" que morreram no mar mediterrâneo.
Depois de ter testemunhado uma "viagem para a morte", o grego hoje despede-se de pessoas que vão fazer uma "viagem para a esperança".
"No entretanto, entre aquela altura e agora, temos trabalhado muito com o Conselho e com os Estados-membros" para responder a uma situação "sem paralelo" na Europa, disse.
O comissário espera que a partir de agora as recolocações sejam sistemáticas e um "assunto rotineiro" na Itália e na Grécia.
Quanto a operações de repatriamento, o grego informou que hoje serão operados dois voos, um de Roma para Tunísia e outro da Catânia para o Egipto, com um total de 63 pessoas a bordo.
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