"Acredito que podemos lidar com um número na ordem de meio milhão durante vários anos", disse na segunda-feira à noite, à televisão pública ZDF.
"Não tenho dúvidas sobre este número, talvez até mais", acrescentou o líder dos sociais-democratas, quando a Alemanha se prepara para receber 800 mil refugiados este ano, quatro vezes mais do que no ano anterior.
Sigmar Gabriel disse que o país não pode "aceitar, por ano, perto de um milhão de pessoas e fazer uma integração sem problemas" destes refugiados.
Mas os outros países da UE também devem aceitar a sua quota de refugiados, numa altura em que dezenas de milhares de pessoas continuam a fugir da guerra e da pobreza no Médio Oriente e em África, procurando refúgio entre os 28 Estados-membros, disse.
A Alemanha poderá continuar a aceitar "uma quota grandemente desproporcional" entre os países da UE "por ser, sem dúvida, um país economicamente forte", acrescentou Gabriel.
O vice-chanceler alemão considerou ser inaceitável que a UE continua a contar apenas com alguns países, como a Áustria, a Alemanha e a Suécia para receber um maior número de refugiados.
"É por isso que a política europeia precisa de mudar", afirmou.
